Ela se recusa a entregar o coração... Relegada à torre do castelo da família por recusar-se a se casar, Brenna passa os dias dedicando-se à sua paixão secreta: pintar obras de arte provocantes. Se elas forem descobertas, Brenna sabe que será condenada à forca. Mas sua vida muda no dia em que James Vaughn, o conde de Montgomery, chega para reivindicar a irmã de Brenna como sua noiva. Brenna sabe que a irmã, tímida e delicada, não pode viver com um brutamontes como aquele homem e toma o lugar dela no altar...
Título Original: The Pleasures of Sin
Autor: Jessica Trapp
Editora: Nova Cultural
Coleção: CH 465
Gênero: Romance Histórico
Sub-Gênero/Assunto: Romance de Banca,casamento de conveniência, amor e ódio
Período: Medieval. Inglaterra.
Exceto para um único homem...
Conhecido como "O Fiscal", James foi encarregado pelo rei de livrar as terras dos rebeldes desleais à Coroa. Não fica feliz ao saber que foi enganado e se casou com a irmã errada e, em retaliação, decide seduzir sua nova esposa, até que ela implore para que a leve para a cama. No entanto, James logo descobre que é ele quem está fascinado. Mas quando um escandaloso segredo sobre Brenna é revelado, James percebe que nem mesmo todo o seu amor poderá ser capaz de salvá-la...
O meu livro reserva para o mês de setembro da Maratona de Banca 2012 foi algo no mínimo diferente do que estamos acostumadas a ver em romances do gênero, principalmente os de banca.
A primeira coisa a ser dita é que, apesar do que vem escrito na sinopse da quarta capa, a estória não se passa na Inglaterra do ano 1800, mas sim na era medieval; a outra é que este não é um livro para todos os gostos.
Os mais sensíveis podem achar que a autora pega um pouco pesado em alguns aspectos, fazendo desta estória de amor algo um tanto cru. Já é de conhecimento geral, a moda que agora a literatura a respeito de BDSM. Bem, eu não diria que Esposa Cativa seja um livro sobre essa prática sexual. Aqui , o foco é outro, mas, Jessica Trapp usou utilizou-se bastante de grilhões e coleiras de ferro.
Particularmente, não acho o fato de andar com a esposa na coleira algo sexy- e nem penso que tenha sido esse o intuito da autora. É, no mínimo, desconcertante. E revoltante para a minha feminista interior. Aliás, revoltante para qualquer mulher, se quer saber.
O livro é basicamente sobre um casamento por conveniência com a irmã errada e forma nem um pouco gentil do nosso herói assegurar-se de que a esposa não irá traí-lo nem fugir. E daí que vem as correntes e...as chicotadas. Não são cenas fáceis, mas acho que vão de encontro com o que acontecia naquela época. É ingenuidade pensar que os maridos tratavam as pessoas com igualdade e amor.
James Vaughn, conhecido como o “Fiscal”, não é um mocinho dos mais amáveis. Ele não é uma pessoa ruim, porém é rude e extremamente cruel quando quer. Como sempre, ele tem os traumas do passado que precisa superar (e qual mocinho não tem?!) mas, o que eu mais gostei no personagem, é como ele muda no decorrer da estória mas sem nunca perder a essência ou a personalidade. A relação dele com Brenna começa com ódio, desejo e finalmente amor.
Brenna é uma mocinha um tiquinho diferente do comum; ela vive aprisionada em uma torre pelo próprio pai e seu sonho é entrar para o convento. Ah, não, ela não quer ser freira, porém, no convento, ela poderia desfrutar de mais liberdade e, o mais importante, ela poderia pintar livremente. Brenna tem como hobby a pintura de imagens sacras e...eróticas! Não é exatamente o passatempo “ideal” para uma “boa-moça”, né? Além disso, Brenna tem uma cicatriz no rosto e cabelos picotados, o que a exclui de qualquer lista de bons partidos. Como vocês podem notar, ela é sim uma personagem interessante, porém, se por um lado ela era bem pró-ativa e sempre enfrentava James, apesar das correntes, achei-a muito condescendente (capachona mesmo!) com se tratava das irmãs e do pai (péssimo!).
Tudo bem que família é família, mas tem uma hora que chega, né? Todos se aproveitavam dela e ela não fazia nada.
Eu gostei da forma como a autora conduziu a estória, mostrando uma relação crua e difícil que aos poucos vai se tornando algo mais. É bom ler algo que saia um pouco do comum. O início é forte e assim como Brenna não é uma mocinha comum, James é um homem duro, cruel até. É interessante notar que apesar dos castigos físicos que ele impõe à esposa, em nenhum momento existe estupro; acho que é nisso em vemos o caráter de James.
“Brenna sentiu o coração acelerar ao pensar no que ele faria se ela atirasse as cobertas para longe e se oferecesse de novo. Ficaria chocado? Aborrecido? Ou iria acariciá-la de modo como fizera na noite anterior, procurando no meio de suas coxas e fazendo-a gemer de prazer? Pensando nisso, sentou-se na cama, desejando correr para tocá-lo... Mas seu pé ficou preso e ouviu-se um som metálico. Prendendo o fôlego, Brenna olhou para baixo...Uma algema rodeava seu tornozelo esquerdo, acorrentando-a à cama.” |
Esposa Cativa é uma estória amor, mas que está mais centrada no drama e na sexualidade do que no romantismo em si. Existem cenas com alta carga erótica (destaque para a cena da depilação) e o sexo presente de forma consistente. É um livro HOT mas nada excessivo- se você estiver esperando altas cenas de erotismo, irá se decepcionar (isso dito levando em conta que li a versão da Nova Cultural e não consegui ler a versão original, por isso não sei dizer sobre eventuais mutilações.)
Eu gostei do livro, porém, honestamente, não amei. Apesar da premissa original e instigante, achei que a autora se perdeu um pouco no final. A meu ver, a estória se tornou um pouco cansativa mais pro final e eu senti como se o livro tivesse terminado com alguma coisa faltando.
De qualquer forma, Esposa Cativa é uma leitura bem interessante. Vale a pena ler, apesar de não ser para todos.
Ah, E eu não poderia deixar de “mostrar” essa foto OMG no site da autora! É NWS, por isso tenham cuidado! LER É SEXY!!!
Capa Original:
Cotação:
3.5/5