Passar o verão no Rancho de seus avós não era a ideia de diversão de Cooper Sullivan, aos 11 anos de idade. As coisas se tornam um pouco mais suportáveis quando ele conhece a vizinha, Lil Chance e sua “gaiola de rebatidas” para beisebol. Mesmo passeios a cavalo acabam não sendo tão terríveis como Coop achava que seriam. A visita anual de verão da Coop, a amizade se aprofunda a partir de jogos inocentes a beijos roubados, mas há uma experiência compartilhada que irá assombrá-los para sempre: a terrível descoberta do corpo de um andarilho.
As estações mudam e os anos passam, e Lil permanece firme com seus sonhos de se tornar uma bióloga e proteger as terras de sua família, enquanto Coop luta contra a demanda de seu pai para que ele estudar direito e entre na empresa da família. Doze anos após a última vez caminharam juntos de mãos dadas, o destino trouxe-os de volta para o Black Hills, quando as coisas e pessoas que lhe são mais caras e preciosas precisam deles.
Um investigador em Nova York, Coop recentemente deixou sua vida agitada para cuidar de seus avós e doo rancho a que ele veio chamar de lar. Embora a memória de seu toque ainda a assombre, Lil deixou nunca deixou para trás seu sonho de abrir a Wildlife Refuge, mas alguma coisa. . . ou alguém. . . vem mantendo uma vigilância cerrada. Quando pequenas brincadeiras e atos de destruição começam a escalar para o assassinato cruel do amado puma de Lil, recordações de um assassinato não solucionado nessas mesmas colinas trazem Coop à ação para manter Lil segura.
(Esta é uma versão resumida da sinopse. A Sinopse Original e completa em Inglês está AQUI)
Um típico caso de livro com início ótimo, mas que o desenvolvimento deixou muito a desejar. Tá certo que a Nora é mais especialista em relacionamentos do que tramas policiais, mas podia ter caprichado um pouco mais, né?
O início de Black Hills é muito bom, fofo demais. Contado sob o ponto de vista de do mocinho, Cooper ‘Coop’ Sullivan , aos 11 anos, sendo “obrigado” a passar as férias de verão no Rancho dos avós . Não é um prospecto muito bom, ainda mais para um garoto tipicamente novaiorquino e que não era muito afeito à vida no campo. Mas é justamente no campo, e aos 11 anos, que ele conhece seu melhor amigo, ou amiga, Lilian ‘Lil’ Chance, uma garota de 9 anos filha dos vizinhos de seus avós. O tempo passa e a amizade entre Coop e Lil, como era de se esperar transforma-se em algo a mais.
Como eu disse, esse início é ótimo. Lindinho mesmo. Desde os dois crianças até a descoberta da sexualidade, a primeira vez juntos. É tudo descrito de forma simples e incrivelmente delicada e se o livro fosse só sobre isso eu já ficaria feliz. Sabe aquelas cenas que te deixam com um sorriso bobo no rosto? Pois é.
Mas o tempo passa, e o livro continua. E circunstâncias fazem com que Coop e Lil se separem voltando a se encontrar 12 anos depois (ela tinha 17 anos na época) quando Coop precisa voltar ao Rancho para os avós, quando o avó sofre um acidente. É claro que como todo reencontro, este não será fácil, até porque a separação não foi fácil.
‘Ah, e a parte policial?’, vocês devem estar se perguntando. Pois é, neste meio tempo um doido começa a “perturbar” Lil e aos animais que ela cuida no Abrigo de Vida Selvagem no qual é dona. E esta parta “policial” é fraca demais, prejudicando bastante o livro. Não só a trama “de mistério” é sem graça como o desenvolvimento é tolo e muito previsível.
Honestamente, foi um aspecto da história que poderia muito bem ter sido eliminado sem dano nenhum ao livro. Foi tudo muito blá.
O que acabou sendo uma pena porque os personagens e casal protagonista, principalmente, eram interessantes. Não digo que Coop e Lil formavam o casal mais fantástico que já li, mas a interação dos dois era agradável de se ler- apesar dos momentos “vamos ser cabeça dura”. Mas isso é básico, né? rs Gosto muito desta questão de reencontros e de, no caso de Coop, tomar uma nova direção na própria vida.
O livro mostra que mudanças, rompimentos, podem ser dolorosos mas também dar forças e, de certa maneira, ser necessários, para poder seguir em frente. Ou voltar.
Uma mocinha que não é chata e nem cheia de “não me toques” sempre ganha pontos comigo e Lil é ótima nesse aspecto. Ela até analisa e “psicologiza” menos as coisas do que outras mocinhas da Nora, o que eu achei ótimo. O único problema, a meu ver, é essa necessidade de na hora do pega pra capar é a eterna necessidade do “herói salvador”.
Além disso, particularmente, eu não sou muito fã do assunto “ecologia/ biologia” e Nora fez a lição de casa. Eu até gosto o Encantador de Cães no Animal Planet, mas ler sobre tigres e afins... enfim, é um aspecto do livro que é simplesmente uma questão de gosto.
No todo, eu gostei sim da leitura. Eu gostei simplesmente porque simpatizei com Coop e Lil e adorei a primeira parte.
Black Hills foi uma leitura agradável, não perfeita, mas que irá agradar aos fãs da autora. Uma boa diversão.
Vale a pena a leitura.
Título Original: Black Hills
Autor: Nora Roberts
Editora: Jove (importado)
Gênero: Suspense Romântico
Sub-Gênero/Assunto: Romance Contemporâneo, Animais, Serial Killer, Amizade, Reencontro
Período: Anos 2000. Dakota do Sul, EUA.
Este livro foi a minha leitura deste mês para o Desafio Literário. O tema era "Cor ou cores no título".
Outras Capas:
3.5/5