Título Original: Northern Lights Título em Portugal: Luzes do Norte Autor: Nora Roberts Gênero: Suspense Romântico Sub-Gênero/Assunto: Romance Contemporâneo, Segunda Chance, Crime e Mistério Período: Contemporâneo. Alaska, EUA |
A vila de Lunacy é a última chance para Nate Burke. Como polícia em Baltimore, assistiu à morte do colega na rua, e a culpa ainda o persegue. Sem mais nenhum lugar para onde ir, aceita a função de Chefe da Polícia nessa pequena e remota vila do Alasca. Quando começa a perguntar-se se a mudança não terá sido um grande erro, um beijo imprevisto e arrebatador na passagem do ano, levanta o seu espírito e convence-o a ficar mais tempo. Meg Galloway, nascida e criada em Lunacy, está habituada à solidão. Era apenas uma jovem quando o seu pai desapareceu e teve de aprender a ser independente, pilotando a sua pequena avioneta e vivendo nos arredores da vila na companhia dos seus huskies. Depois do beijo ao novo Chefe da Polícia, permite-se ceder à paixão. E, agora, as coisas em Lunacy começam a aquecer. Há alguns anos, numa das majestosas montanhas que sombreiam a vila, ocorreu um crime que nunca foi resolvido e Nate suspeita que o assassino continua em Lunacy. A sua investigação vai desenterrar segredos e suspeitas, bem como trazer ao de cima o instinto de sobrevivência que fez dele um dos melhores polícias em Baltimore. O que ele não podia saber é que a sua descoberta vai ameaçar a nova vida e o novo amor...
-Sinopse da Edição Portuguesa.
Um bom livro.
Northern Lights é uma boa estória dramática com toques de suspense.
Os primeiros capítulos são um pouco devagar, mas a partir do momento em que os fatos vão surgindo, a leitura se torna mais rápida e interessante.
Nora Roberts faz um ótimo uso das palavras e das descrições. Ela expõe as situações de um modo que as descrições, os sentimentos estão lá mas não são mostrados de modo que canse o leitor.
O livro conta a estória de Ignatius ‘Nate’ Burke, um detetive da Homicídios de Baltimore que, após a morte do parceiro ( morte a qual ele se sente responsável) resolve pedir transferência para Lunacy, uma pequena cidade no interior do Alaska. Ele considera esta mudança como uma forma de auto-punição. É como ele quisesse se matar em vida. Porém, ao chegar à Lunacy, ele se depara com novos desafios. Enquanto tenta conquistar a confiança dos moradores do lugar, que não confiam nenhum pouco em ‘forasteiros’, Nate acaba se envolvendo com Meg, uma piloto de avião.
A vida de Nate em Lunacy encontra-se em uma certa normalidade quando um corpo é descoberto congelado em uma montanha próxima, com claros sinais de assassinato. A descoberta provoca um misto de desconforto e curiosidade na cidade- até que outros crimes começam a ocorrer.
O grande problema de Northern Lights é, sem sombra de dúvida, a mocinha, Meg. Meg é simplesmente insuportável. Não estou falando do insuportável irritante, histérico. Ela é chata mesmo. Não consegui sentir nenhuma conexão, simpatia com a personagem. Meg é grossa, chata e tão atirada sexualmente que chega a incomodar. Penso que Nora tentou fazer uma personagem feminina ‘com atitude’ mas acabou errando a mão. Meg é quase uma rebelde sem causa. Ela se apresenta como alguém contra qualquer tipo de relacionamento, mas não apresenta um motivo real para isso. Até mesmo a sua conturbada relação com a mãe parece surgir do nada- os motivos apresentados não são convincentes.
Particularmente, eu não vejo problemas em uma relação baseada somente no sexo (é claro, que por se tratar de uma romance romântico, sabemos no que isso vai levar, né?) – acho até legal aquele velho clichê do ‘era pra ser só sexo mas acabou se tornando algo mais’ porém, aqui, a protagonista feminina beira o vulgar e o grosseiro.
Sério, Meg quase arruinou a minha leitura de Northern Lights. O que realmente salva o livro é que este é apresentado sob o ponto de vista de Nate e a presença de Meg é quase de coadjuvante. Ela consegue acabar com a aspecto romântico do livro de tal forma que eu tenho de dizer que ao longo da leitura não estava mais nem um pouco interessada se o casal iria ficar junto ou não. Só tem um aspecto que não me deixou odiá-la por completo: a relação dela com os cães.
Nate Burke é com certeza a alma do livro. Mais do que um suspense romântico, Northern Lights é, no meu entender um drama com toques de mistério. Sim, existe o romance entre Nate e Meg e o crime a ser solucionado (apesar de quê a identidade do vilão é extremamente óbvia) ,mas, o principal mesmo é acompanharmos o caminho da cura de Nate. Este é um livro sobre segundas chances, sobre cura e perdão. E aqui estou falando sobre o mais difícil tipo de perdão: perdoar-se a si mesmo.
Se por um lado, Meg é insuportável, Nate é um personagem maravilhoso. Ele tem profundidade, nuances que o tornam mais real e palatável. Existem momentos no livro em que queremos poder abraçar Nate e dizer que tudo dará certo, que tudo irá melhorar.
Northern Lights não é um livro perfeito. O mistério poderia ter sido mais surpreendente e uma melhor protagonista teria feito toda a diferença na parte romântica da estória, porém, quem gosta de bom drama sobre superação e segunda chance, esta é uma ótima pedida.
Inédito no Brasil, Northern Lights foi publicado em Portugal com o título Luzes do Norte.
Recomendo.
Dificuldade da Leitura:
Intermediário-Avançado. A parte gramatical do livro não apresenta muitas dificuldades, porém o vocabulário é bem específico, necessitando o uso constante de um dicionário.
Outras Capas:
ETC's:
Site Oficial do Filme: Aqui
Trecho do filme feito para a TV, baseado no livro. Eu encontrei vários videos do filme na Internet porém não o trailer oficial.
Posters do Filme:
CURIOSIDADE:
Em certo momento da estória, Nate aparece lendo um livro cuja principal personagem é Moira, the Sorceress (Moira, a Feiticeira) . me pergunto se Nora teve a idéria de escrever a trilogia do Circulo enquanto escrevia Northren Lights.
EXTRAS
Site da Autora: http://www.noraroberts.com/
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Cotação:
3.5/5