sexta-feira, outubro 31, 2014

ENTREVISTA CATHERINE MCKENZIE

Entrevista com Catherine Mckenzie, autora do livro Desaparecida. As perguntas foram feitas por leitores, blogueiros literários.
Eu li Desaparecida e gostei MUITO ( vocês podem ler minha resenha AQUI



1. A personagem principal teve inspiração em você? Em algum momento teve vontade de começar do zero? (Oliver)

R: A personagem principal não foi baseada em mim, mas em uma história que ouvi sobre uma pessoa que ficou doente enquanto estava na África. Quando ela retornou à sua cidade, alguém estava morando em seu apartamento e todos os seus objetos foram jogados fora. Achei que esta era uma boa premissa para explorar temas sobre os quais já andava pensando. E se alguém não quisesse uma segunda chance para fazer as coisas da forma certa?

2. Quais são suas maiores influências literárias? Quais autores mais influenciam seu trabalho como escritora? (Loren-Louise)
R: É difícil escolher um único autor porque sou uma leitora voraz de diversos gêneros. Acho que o que mais influenciou minha escrita foi ler, ler e ler, possibilitando que eu aprendesse o máximo que eu pudesse sobre escrever.

3. A África não é comumente vista na lista de lugares mais desejados para se visitar, de onde surgiu a ideia? É algum toque pessoal seu? (Andreia Leal - Mais que Livros)
R: A história foi realmente baseada em outra que eu ouvi. Também tive um amigo que morou na África por cinco anos, então eu consegui escrever baseada na experiência dele.

4. A inserção do suspense no fim do livro trouxe bastante dinamismo a história, quando você começou a escrever o livro, você já tinha pensado em inserir esse elemento? (Andreia Leal - Mais que Livros)
R: Obrigada. Não tenho certeza de quando exatamente decidi adicionar o mistério ao livro, mas com certeza surgiu enquanto eu pensava no livro – um processo pelo qual sempre passo antes de começar a escrevê-lo.

5. Seus personagens são baseados em pessoas reais ou são totalmente fictícios? (Andreia Leal - Mais que Livros)
R: Totalmente fictícios.

6. Eu levei menos de um dia para concluir a leitura desse livro, mas quanto tempo você levou para escrevê-la? (Andreia Leal - Mais que Livros)
R: Ha! O primeiro rascunho demorou mais ou menos um ano para ser escrito, então vieram muitas revisões. Mas fui interrompida algumas vezes por conta de outros projetos.

7. Fui procurar "Tswanaland" no Google e as únicas páginas em português que aparecem são uma referência ao livro. Como você descobriu esse pedacinho da África? E por que o escolheu para ser cenário da tragédia? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R: Eu quis descrever um país que tivesse as características geográficas que eu pensava, então olhei um mapa da África e encontrei o que procurava. Pesquisando sobre a área, descobri que parte dela foi originalmente chamada assim, ou algo similar a isso; foi daí que surgiu o nome. Acho que os nativos se chamam Tswana.

8. Todos nós temos uma coleção de recordações de viagem. Eu compro ímãs em cada lugar que vou, alguns juntam canecas, outros preferem enfeites. Emma gosta de guardar a terra de onde pisou. Você ou algum conhecido seu faz isso? Existe algum simbolismo ou significado dessa lembrança na vida real ou na história? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R: Eu realmente fiz isso – guardar a terra de um lugar que estive (Ilha do Príncipe Edward¹) – quando eu era adolescente. Guardei porque era tão bonita! Mas esqueci disso até agora. Engraçado como o subconsciente funciona.
¹é uma das dez províncias do Canadá

9. Em algum momento você cogitou alterar o final e apresentar uma Emma totalmente transformada e altruísta? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)

R: Eu deliberadamente rejeitei essa ideia porque acho que seria um desfecho previsível, é a forma que filmes desse gênero terminam: experiência de quase morte = você precisa se tornar uma pessoa melhor, diferente. Eu quis explorar o que acontece quando todo mundo quer que você aja dessa forma, mas você não.

10. A capa brasileira mantém alguns elementos da [capa] original - uma menina de costas na estrada 
carregando uma mala -, mas inova tanto no cenário quanto na inserção de elementos femininos. O que você achou dessa mudança? Isso aproxima ou afasta o leitor da essência da história? (Giulia - Prazer, Me Chamo Livro)
R: Eu realmente amei a capa brasileira, é uma das minhas favoritas de todos os meus livros. Acho que se encaixa perfeitamente ao livro.

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