Título Original: Abandoned Autor: Carolyn Davidson Editora: Harlequin Coleção: HQ Históricos 33 (Era Uma Vez no Velho Oeste) e reeditado HQ Histórico 88 Gênero: Romance Histórico Sub-Gênero/Assunto: Romance de Banca, Amnésia, Velho Oeste, Na Estrada Período: Velho Oeste Americano |
Única sobrevivente de um ataque de índios ao comboio em que viajava, Elizabeth Travis, de repente, vê-se só e desamparada.
Sofrendo de amnésia, ela é encontrada e resgatada pelo sedutor Cameron Montgomery, que cuida dela de um jeito mais que especial. Mas como ela poderia ceder ao desejo sem saber o que se escondia em seu passado?
Sinopse da Reedição
Além de ser a única sobrevivente de um ataque, Elizabeth Travis também ficara com amnésia. Cameron Montgomery, seu salvador, passa a tomar conta dela de um modo especial. Mas como Elizabeth poderia ceder à tentação de seduzir um homem quando era uma mulher sem passado?
Minha Leitura Para o Mês de Outubro da Maratona de Banca . O tema era Amnésia ! (Veja minha lista AQUI). Eu quase não consigo ler o livro a tempo. Novembro foi uma correria só. Concurso, final de ano chegando, meu aniversário, o Art EveryDay Month... sem contar que eu tinha ESQUECIDO do livro. Pois é. Sorte minha, que Sob o Céu do Desejo é um livro bem curtinho e de uma das minhas autoras de banca favoritas, Carolyn Davidson. É uma delícia de livro.
Como eu disse anteriormente, Carolyn Davidson é uma das minhas autoras favoritas. O livro dela, O Herói de Maggie, está, com toda certeza entre os livros mais lindos e fofos que eu já li. Sob o Céu do Desejo é inferior a O Herói de Maggie, isso é fato, mas podemos encontrar também nesse livro as características básicas de Carolyn: a doçura das palavras, o herói forte, a mocinha em um momento , vamos dizer assim, complicado da vida.
O livro começa quando uma caravana (dessas de pioneiros, famílias em busca das ‘maravilhas do Oeste’) encontra uma jovem ferida na estrada, provavelmente a única sobrevivente de um terrível ataque indígena. A jovem não consegue de lembrar-se de nada: de quem era, de onde vinha e para onde se dirigia. Apenas consegue se lembrar, de seu nome, Elizabeth e de que estava com o pai.
Cameron Montgonery é um dos condutores da caravana e foi justamente ele quem a encontrou. Deixando de lado toda a ‘sensatez’ e os bons costumes, ele decide levar a jovem desconhecida consigo, em sua própria carroça. Um escândalo, pra dizer o mínimo! rs
É óbvio que já sabemos aonde esta estória de ‘dividir a carroça’ vai parar, né? Mas isso pouco importa, a estória é uma graça e o livro é daqueles que a gente lê uma sentada , sempre com sorriso meio bobo no rosto. É um romance puro e simples. Os personagens principais são umas graças.
Elizabeth está na medida certa entre querer se entregar aquele estranho sedutor e a dúvida de não saber quem é (seria ela casada, viúva? De quem era aquela aliança que ela carregava em um cordão no pescoço? ). Mas se Elizabeth é, como diria a Hebe, uma graçinha, Cameron, é o tipo tudo di BÃO. Forte, atlético, corajoso, romântico, mas não “açucarento”... extremamente sensual. Ele é um típico macho alfa e por vezes um pouco- não diria machista, mas retrógrado em certos aspectos mas não tem como NÃO se apaixonar.
Cameron é claramente do tipo: Eu , macho. Você, minha fêmea. Tudo bem, que se pensarmos em contexto contemporâneo, ele seria um pouco off mas, gente, isso aqui é romance histórico, e dos bens levinhos. Se formos honestos, naqueles tempos, a mulher *era* uma propriedade do homem. Péssimo, horrível, eu sei – mas se nos concentrarmos apenas no aspecto romântico...
Cameron pode parecer, as vezes, um pouco ‘rústico’ mas ele também sabe ser romântico e galanteador, dormindo abraçadinho com a mocinha só para ela não ter pesadelos. E ele é um homem bom, acima de tudo. É pra suspirar, sem mais.
— Está com medo de mim, Elizabeth? Medo de que eu possa me aproveitar de você? Ela meneou a cabeça rapidamente. — Não, sei que você jamais me magoaria, Cameron. Só não quero que seja mal interpretado. É culpa minha você estar comigo nesse momento. As pessoas irão acusá-lo se descobrirem que estava aqui dentro da carroça no meio da noite. Não quero arruinar seu bom nome. Cameron a acomodou no acolchoado de plumas e deitou-se ao lado dela. Passou um braço por baixo da cabeça de Elizabeth, usando o outro para abraçá-la, fazendo com que ela o fitasse. Não havia força em seu toque, só o calor de um homem profundamente excitado que havia jurado não se aproveitar da mulher em seus braços. — É com seu nome que estou preocupado. Uma mulher sempre é menosprezada em situações como essa. Não quero que isso lhe aconteça. Elizabeth relaxou aos poucos, as pernas se entrelaçando às dele, o braço apoiado em seu corpo, a cabeça sobre o travesseiro que compartilhavam. Com um suspiro que talvez fosse de alívio, talvez de contentamento, ela se aninhou junto a Cameron e acalmou-se. — Ficarei bem — ela disse bocejando, então suspirou, como se a confiança que depositava nele não fosse problema. Por essa razão, logo dormiu, Cameron notou, pois relaxou completamente em seus braços. Mas manteve o braço apoiado em seu peito e os dedos agarrados a sua camisa com uma força que muito o agradava. |
A minha maior crítica em relação ao livro é a rapidez com tudo acontece. É zás-trás. Conhece, vem o desejo, amor e já tá pedindo em casamento. Isso em meia dúzia de páginas! Particularmente, eu gosto de um pouco mais de desenvolvimento, caracterização. Sob O Céu do Desejo é praticamente um conto ‘grande’ e tendo em vista que, na versão original ele foi publico com outras duas estórias, isto não está muito longe da verdade.
De qualquer forma, este é um livro adorável, ótimo para quem quer simplesmente se esquecer dos problemas por algumas horas e mergulhar em mundo de romantismo e galanteios. Sem contar, que o epílogo é uma fofura só.
Recomendo.
Outras Capas
Página da Autora no Site da Harlequin: http://www.harlequin.com/author.html?authorid=52
Cotação:
4/5