Montana, 1897.
Quando o doutor McPherson pediu-a em casamento, mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem, Cassandra Mitchum ficou atônita. Afinal, como poderia ser o tipo de mulher de que ele precisava - e merecia?
Phillippe McPherson sabia que Cassandra era a resposta a suas preces. Sua vida precisava de um toque feminino; e ela precisava de um homem que a protegesse. Parecia ser uma troca perfeita. Mas quando o pai verdadeiro do filho de Cassandra retornou, Phillippe percebeu que "casamento" é uma coisa séria, mesmo que tenha sido realizado por conveniência.
Livrinho fofo e delicado.
Nos tempos da falecida editora Nova Cultural, uma das minhas autoras favoritas era Carolyn Davidson. Suas histórias normalmente se passavam no Velho Oeste americano ( ou adjacências) e traziam como protagonistas um herói valoroso e uma mocinha ingênua e de bom coração. Eram histórias água-com-açucar, sim, mas incrivelmente deliciosas de serem lidas. De Menina a mulher não fica a trás. Uma pena que, aparentemente, a autora deixou de publicar/escrever.
Mas vamos ao livro! Cassandra Mitchum é uma jovem de 18 anos inocente ao extremo. Tão inocente que pensa que está com um tumor quando na verdade está é grávida de 3 meses (afinal ela só poderia estar com um doença fatal pra barriga começar a crescer, né?!) Ela é órfã de mãe e tem um pai que não é dos melhores. Ah, o pai da criança? Melhor nem contar com ele. É aí que aparece o Dr. Phillipe McPherson, o médico da cidade. Com pena da moça (afinal, o que seria dela, solteira, grávida e provavelmente expulsa de casa) ele resolve contratá-la como uma espécie de governanta. Tudo perfeito não? Ah, o doutor tinha uma ideia melhor: casar-se com ela! Afinal ele precisa de alguém para cuidar da casa (os mais cínicos diriam que estava procurando uma empregada sem remuneração) e Cassandra precisava de um pai para seu filho.
E assim fez-se mais um casamento por conveniência de romance de época! Tá bom, sei que alguns de vocês já devem estar torcendo o nariz. Afinal, nem a mais absurda das novelas mexicanas (ou da Glória Perez) teria um início assim, mas, sabe, não é que tudo- na forma que é apresentado- faz sentido.
Assim, quando menos esperamos já estamos torcendo por Phillipe e Cassandra. O bonito é que a autora fez questão de mostrar não só o amor nascendo entre eles como também o respeito e a amizade. Phillipe é daqueles mocinhos que a gente quer levar pra casa; fofo e romântico, mas que na hora do aperto sabe ser firme e decidido.
De Menina a mulher é daquelas histórias que fazem a gente esquecer por alguns momentos os nossos problemas. Em tempos tão conturbados, não há nada melhor. O livro faz a gente rir, se emocionar e torcer pelos personagens. Sempre com um sorriso no rosto. É uma história sobre ingenuidade, amor e confiança. Não existe aqui uma grande paixão avassaladora mas um amor que vai crescendo aos poucos.
Eu apenas não dei 5 estrelinhas por causa do final. Sem revelar nada, direi apenas que foi desnecessário. Nada a ver.
De qualquer forma, De Menina a Mulher é uma leitura leve e romântica, ótima pra deixar o coração mais leve.
Recomendo.
Faz parte de uma série Multi-Autoras: https://www.goodreads.com/series/67938-montana-mavericks-historicals
Capa Original:
Título Original: A Convenient Wife
Autor: Carolyn Davidson
Editora: Nova Cultural
Gênero: Romance Histórico
Coleção: CHE 143
Série:Montana Mavericks
Sub-Gênero/Assunto: Gravidez, Médicos, Casamento por Conveniência
Período: Velho Oeste. Montana, 1897.
4/5