Confuso.
O Suspense/Policial é um dos meus gêneros literários favoritos, se não *o* favorito. E, por isso, talvez, eu seja exigente com essa literatura. Quando se lê muito de um gênero, a gente acaba por querer algo diferente de vez em quando- e “diferente” foi o que me atraiu no livro em primeiro lugar.
Diferente foi o que me prometeram. E até foi cumprido, mas não no bom sentido.
Em águas sombrias parte de um caso de afogamento. Acidente? Suicídio? Assassinato? Narrado por diversos pontos de vista, o mistério do livro parece não ter a menor a importância. Até aí tudo bem (ou quase). O problema é que os personagens, muitos e “desconectantes”, também não surtem qualquer tipo de interesse. É tudo extremamente monótono e sem graça. Como suspense psicológico é raso pois não se aprofunda em nada e como mistério simplesmente não prende a atenção.
Cansativo e repetitivo, o livro ainda apresenta alguns elementos “místicos” que não acrescentam nada e não fazem o menor sentido.
No final, a autora ainda tentou dar uma última cartada, surpresa da última linha (por isso, não vá bisbilhotar o final do livro, tá?) mas tudo foi tão sem emoção e blasé que nem isso causou qualquer impacto. Simplesmente, eu não dei a mínima. Só fiquei feliz por simplesmente, e finalmente, terminar a leitura.
O único ponto positivo, a meu ver, foi a ideia inicial do romance. Penso eu, que se tivesse sido mais bem executada teria produzido um livro muito mais interessante.
Decepção.
Título Original: Into the water
Autor: Paula Hawkins
Editora: Record
Gênero: Suspense Psicológico
Sub-Gênero/Assunto: Romance, Humor
Período: Atual. Inglaterra.
2/5