Título Original: Echo Park Autor: Michael Connelly Editora: Suma Gênero: Romance Policial Série: Harry Bosch- Livro 12 Sub-Gênero/Assunto: Crime & Mistério, Serial Killer Período: Los Angeles. Dias Atuais |
Em 1993, ele investiga o desaparecimento da jovem Marie Gesto, que, após ser vista indo ao supermercado, nunca mais foi encontrada. Como vestígio, apenas seu carro com algumas de suas roupas e compras dentro. Por mais que tenha lutado para descobrir seu paradeiro, Harry não conseguiu concluir a investigação, que passou a figurar na lista da delegacia de Casos Abertos / Não Resolvidos. Agora o detetive veterano vislumbra a chance de poder, finalmente, desvendar o mistério que o martirizou por tanto tempo.
Raynard Waits é um homem acusado de matar e esquartejar duas pessoas, mas existem suspeitas de que ele também tenha cometido outros nove assassinatos. Entre eles, o de Marie Gesto. Mas ele pretende propor um acordo à Justiça para escapar da pena de morte. Em troca da atenuação de sua pena, o réu mostraria onde estão os corpos das nove pessoas desaparecidas e assassinadas por ele.
A partir daí, Harry Bosch terá que enfrentar inúmeros desafios, um após o outro. Precisará estar próximo do homem que talvez seja o culpado por tantos anos de agonia e dúvidas, provavelmente o inimigo mais sádico e perigoso que tenha encontrado em toda sua vida. E ainda terá que conviver com a culpa por ter ignorado uma pista que poderia ter concluído o caso ainda em 1993, evitando a série de assassinatos que se seguiu.
Ah, as expectativas. Muito já havia lido sobre a obra de Michael Connelly. Como os romances policiais dele eram intensos, criativos, diferentes. Principalmente os protagonizados pelo detetive Harry Bosch. Eu nunca havia lido nada de Connelly e foi cheia de expectativas que comecei a leitura. E devo dizer que fiquei levemente decepcionada.
O livro é okay, tem uma interessante storyline e o final (a solução do mistério) é , sim, surpreendente (apesar de que, parte do livro me lembrou muito um episódio da série The Closer) mas é apenas isso. Okay. Não encontrei no livro aquele ‘quê’ de incrível, surpreendente, de que todos falam/falavam. É apenas um bom livro policial. Sem mais nem menos.
Por se tratar de um livro policial e de suspense, quanto menos se souber sobre a estória melhor (apesar de a sinopse entregar bastante). Apenas pode-se dizer que é sobre a relação de uma jovem desaparecida há alguns anos e um Serial Killer confesso, somando-se a isso um promotor em campanha e um erro cometido no passado que pode ter custado a vida de várias mulheres.
De início tive alguns problemas em me ‘ajustar’ com a linguagem, o estilo do autor. Em certos momentos, achei-a quase simplista, direta demais e , ao mesmo tempo, repetitiva e cheia de metáforas. Uma doas coisas que , a meu ver, que fazem um livro ficar ‘perfeito’ é o equilíbrio. O equilíbrio entre a ‘ação’ e a descrição. Obviamente, um livro policial deve se ater mais ao lado ‘ação’, deve ser uma leitura rápida, com ritmo, mas isso não significa que o autor deva deixar de lado todo aspecto ‘descritivo’ das cenas. E acho isso é o que faltou ao livro. Muitas vezes não consegui me ‘situar’ no lugar onde acontecia a cena, ou não conseguia ‘visualizar’ os personagens simplesmente por que o autor não me dava elementos para isso.
Contudo, confesso que no decorrer do livro, eu fui me familiarizando com o estilo do autor e a leitura começou a fluir. Sem contar que a estória em si começou a ficar mais interessante.
Porém, o ponto que mais me incomodou foi o próprio protagonista, Harry Bosch. Eu simplesmente, não senti nenhuma conexão com ele. Ele é nulo- nem irritante nem cool. Senti falta de um maior aprofundamento do personagem, uma visão maior do homem Harry Bosch. Pelo livro, ele é apenas mais um arquétipo do ‘detetive de romance policial’ : durão, teve um passado torturado, problemas com superiores, gosta de música clássica (no caso, Jazz) e é um ótimo policial. Ah, e gosta de beber. Soube mais da personalidade de Bosch olhando na Wikipédia do que no próprio livro. Além disso, as próprias emoções do personagem são, por assim, dizer, medianas. Faltou paixão, garra, em determinados momentos. Eu o achei morno. Penso que eu deveria- devo- ler os livros protagonizados pelo personagem, na ordem certa, em seqüência.
Um dos únicos aspectos mais pessoais que o autor nos apresenta de Bosch é o envolvimento sexual (não, não é um envolvimento romântico) do detetive com a agente do FBI Rachel Walling. Talvez esse envolvimento tenha sido uma maneira do autor ‘quebrar’ a ‘rudeza’ da estória, mas, sinceramente, eu poderia ter passado sem isso. Não acrescentou em nada, a meu ver. E Rachel, como Bosch, não é propriamente descrita, fazendo com que eu ficasse com a sensação de “tanto faz”. Apenas, no final do livro, ela me irritou um ponto. E vou dizer, isso foi um ponto a favor.
Pode parecer que eu tenha odiado o livro, não foi o caso. Pelo contrário, eu gostei bastante da estória e das voltas e reviravoltas que o autor nos apresenta. Echo Park tem um elemento essencial e maravilhoso: o elemento da surpresa. Quando pensamos que tudo está se encaminhando para o determinado desfecho.. percebemos que nada é assim tão óbvio. Não há dúvidas, de que Connelly sabe muito bem manipular uma estória, criar falsas pistas e perspectivas.
O meio do livro é a melhor parte do mesmo. É a parte da ação e do “destrinchamento” (nem sei se essa palavra existe, rs) do mistério. Acho que é neste momento em que o Michael Connelly de que todos falam aparece. A estória é brilhantemente bem conduzida neste ponto do livro. Achei o final levemente decepcionante.
Echo Park é um bom livro, não há dúvidas, eu apenas espera * mais*. O fato de eu ter ficado levemente desapontada, não significa que ‘abandonei’ a obra de Connelly. Como passatempo, achei divertido e penso que, provavelmente, irei gostar mais dos outros livros. Afinal, os lerei sem o peso das expectativas.
Para os fãs de uma estória de romance policial, simples e direta, Echo Park, é uma boa pedida.
A Série
Série Detetive Harry Bosch- alguns livros eu não consegui descobrir se foram ou não lançados no Brasil.
Livro 1- (The Black Eco )- esse livro foi lançado em Portugal, com o título O Eco Negro.
Livro2- (The Black Ice)
Livro3-A Loira de Concreto (The Concrete Blonde )
Livro 4-O Último Coiote (The last coyote )
Livro 5-O ultimo Blefe (Trunk Music )
Livro 6-(Angels Flight )
Livro 7- Mais escuro que a noite(A Darkness More Than Night )
Livro 8- (City of bonés )
Livro 9-A Luz perdida (The Lost Light)
Livro 10- Correntezas da Maldade(The Narrows)
Livro 11- Morte Proibida (The Closers)
Livro 12- Echo Park (Echo Park)
Livro 13-O Mirante (The Overlook)
Livro 14-Nove Dragões (Nine Dragons)
Livro 15- The Drop (Inédito no Brasil)
A Edição:
A edição está competente, com providenciais Notas de Rodapé/do Tradutor, que sempre ajudam na leitura. Contudo, dois detalhes me desagradaram: a cor da folha; achei-a muito branca, incomodando a vista, e, o peso do livro. Echo Park tem menos de 400 páginas, mas pesa como se tivesse mais de 800.
A Edição que li foi a ‘normal’ , da Suma. Existe uma de bolso, editada pela Ponto de Leitura.
Capa Original:
ETCs
Videos
O início do livro:
Honestamente, não sei se isso faz parte de um filme ou se é apenas uma espécie de curta metragem, feita por algum cineasta amador. Ou talvez seja algum vídeo promocional. O ator que faz papel de Bosch me lembra muito o Tom Berenger, bem mais novo, é claro!
BookTrailer do AudioBook.
EXTRAS
Site do Autor: www.michaelconnelly.com/
Facebook FanPage: http://www.facebook.com/MichaelConnellyBooks
Harry Bosch Wiki: AQUI
Cotação:
3/5