Meme Literário de Um Mês: Dia 16 ~ ::Uma Conversa Sobre Livros::

domingo, outubro 16, 2011

Meme Literário de Um Mês: Dia 16

domingo, outubro 16, 2011 meme, meme de 1 mês

Dia 16 – Cite um livro que você achou que não iria gostar e acabou adorando.

Um livro que me surpreendeu positivamente foi No Coração do Mar , Nathaniel Philbrick. não que eu achasse que eu iria odiar- pois, se fosse assim eu nem iria começar a ler o livro, mas, honestamente, eu pensei que o livro poderia ser um pouco cansativo, monótono- apesar de achar o mote fascinante. No Coração do Mar é o relato da estória verídica que inspirou Melville a escrever Moby Dick. É um livro maravilho. Surpreendente, e não tem nada de monótono. A estória em si já era incrível- e o autor conseguiu fazer de um ‘mero’ relato jornalístico, uma obra incrível, com mistério, tensão e suspense.

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Outro livro que me surpreendeu foi Suave é a Noite, de Jo Goodman, o primeiro romance de banca que eu li. Confesso que até alguns anos atrás, eu olhava com desdém para os romances de banca. Achava as capas e os títulos dos Julias e Sabrinas da vida muito bregas (honestamente, algumas capas e títulos eu acho bregas até hoje- mas não quer dizer que sejam menos divertidos, pelo contrário!). Em casa, não tínhamos o costume de ler esse tipo de literatura. Minha vó não falava nada a respeito e eu me lembro uma vez ou outra minha mãe comprando um Julia mas não era comum. Os romances ‘românticos’ que eu tinha mais contato era Sheldon, Delinsky, Steel ... mas mesmo assim, eu, com a arrogância típica da adolescência, olhava esses títulos com olhar enviesado.

Na faculdade, honestamente, eu não tinha tempo pra nada- e a maioria dos livros que li nesta fase da minha vida foram acadêmicos, técnicos, ou bibliografias. E é claro, os romances policiais.

Pois bem, em 2008, a Nova Cultural tinha um stand na Bienal do Livro de SP. E foi lá que eu Suave é Noite. O título me pareceu interessante- e capa não tinha nada a ver com o que eu estava acostumada a ver nas bancas. Comprei o livro. Comecei a ler. E me apaixonei. O livro era um romance histórico com toques de mistério. A estória era incrível; romântica e muito bem escrita. Foi quando eu percebi o quão tola estava sendo.

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PS: E Também percebi o quão ignorantes (desculpem, mas não existe uma palavra melhor) as pessoas podem se tornar/são à respeito desse tipo de literatura. Como se romances de banca fosse algo baixo, inculto. Existem livros bons e ruins em todas as categorias. Existem os livros 'profundos' e os feitos puramente para divertir. Claro, que gosto é gosto, mas não devemos desmerecer o gosto dos outros. Digo o mesmo para quem desmerece os 'bestsellers': um dia, os clássicos de hoje foram os bestsellers de ontem.
Não, não estou comparando um Tolstoi com um livrinho da série Paixão. Os dois não se comparam. Em termos literários, Tolstoi pode ser melhor, ter um maior trabalho com a linguagem e o estilo, mas isso não quer dizer que você não possa se divertir a valer lendo o Paixão e achar Tolstoi um porre. Ou amar os dois. Talvez o grande senão dos romances de bancas aqui no Brasil ( mas não só os romances de banca) sejam os cortes e as ~~censura!~~ 'edições' que as editoras fazem.

E só pra encerrar, gostaria de comentar que muito livro vendido em banca aqui é o vendido em livraria no exterior- a Harlequin, por exemplo, acabou de relançar A Mansão dos Segredos, por cerca de R$12,50, em formato de banca. Se você gosta de romance mas se acha muito chique para ler livro de banca, pode comprar o mesmo livro nas livrarias por cerca de 41 reais ;)
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