domingo, março 31, 2013
quinta-feira, março 28, 2013
Dewey- um gato entre livros, de Vicki Myron
quinta-feira, março 28, 2013
*FAV, 4stars, Animais, Bibliotecárias, Biografia, Desafio Literário 2013, Doenças, Editora Globo, Humor, Inspiracional, Memórias, Vick Myron
A rotina da pacata cidade de Spencer, Iowa, Estados Unidos, se transforma após Dewey, um gato, ser encontrado na Biblioteca Pública. A diretora da Biblioteca, que achou o gatinho na caixa de devolução, resolve contar a história e lança o livro, Dewey, um gato entre livros. O livro escrito por Vicki Myron, com colaboração de Bret Witter é a história real de um gato que fez da biblioteca - e da cidade de Spencer- sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos.

Eu sempre fui mais uma pessoa de cachorros. Contudo não pude deixar de me emocionar com a história de Dewey ReadMore Books, ou simplesmente, Dewey, um gato ruivo, morador da Biblioteca Pública da Cidade de Spencer, nos Estados Unidos.
Dewey, um gato entre livros não é a biografia de um gato muito especial. Ou talvez não seja só isso. O livro conta não só a vida de Dewey, mas principalmente como ele tocou a vida de outras pessoas, como ele, de certa maneira, mudou uma biblioteca, uma cidade.
É engraçado isso de “favorito”. Acredito que nem sempre o nosso favorito particular seja o mais perfeito, mesmo para gente. Para mim, o que faz de um livro, filme, “favorito” é a capacidade que ele teve de me emocionar, me tocar. Sempre achei um pouco brega quando dizem que tal livro, filme, o que seja “toca o coração”, mas aqui eu não posso me desviar do lugar comum. Dewey me tocou.
Algumas partes são um pouco enfadonhas, como, por exemplo, a questão da crise agrícola. Eu até me interesso sobre crise econômicas e assuntos do tipo mas não era algo que eu estava a fim de ler em um livro como Dewey, nem mesmo as implementações e melhorias da Biblioteca. Além disso, achei um pouco irritante como a Vicki, a autora e narradora da história, “endeusa” a cidade de Spencer. É muita perfeição para pouca cidade. Duvido que a cidade seja realmente tão acolhedora e perfeita assim. Porém, esses pequenos defeitos são muito poucos para tirar o charme do livro. De Dewey.
Apaixonei-me por esse gato cheio de personalidade.
[Pobre Vicki, a vida dela parece uma tragédia grega. Vou te falar!]
Não sou de chorar com livros. Não mesmo. Já me emocionei várias vezes, mas chorar- chorar mesmo, acho que a última vez foi quando li Harry Potter e o Cálice de Fogo . E eu chorei com Dewey. Começou com um aperto na garganta e quando dei por mim, as lágrimas já estavam caindo.
Desde o início sabemos qual será o final da história- não é algo surpreendente ou fora de propósito, mas nem por isso menos...difícil.
(breve comentário "escondidinho" caso alguém ache que é um spoiler.)
Eu ri, chorei e me emocionei com esse gato pra lá de especial.
Resenha curtinha, eu sei! Mas, algumas vezes- quanto menos se falar, melhor. Nah, balela! Eu simplesmente não consegui encontrar palavras suficientes para demonstrar o quanto esse livro me emocionou.
Recomendo!
O P.S: Spencer tem 11 mil e poucos habitantes e tem uma Biblioteca municipal. Razoavelmente grande. Quantas cidades brasileiras podem dizer isso? Em São Vicente, nem sei se tem Biblioteca (acho que funciona uma “pseudo-biblioteca” no Instituto Histórico-Geográfico.). Em Santos, a Biblioteca Municipal “grande” está fechada e só funciona uma pequena num posto da praia. Uma vergonha.
Título Original: Dewey- the small-town library cat Who touched the world
Autor: Vicki Myron
Editora: Globo
Gênero: Biografia
Sub-Gênero/Assunto: Humor, Drama, Animais, Inspiracional
Período: Final dos Anos 80-meados dos anos 2000. Spencer, Iowa, EUA.
Um Vídeo com imagens reais de Dewey. É parte de uma reportagem que uma emissora de TV fez- e que é comentada no livro.
Não é um charme só? Como não se apaixonar?
Capa Original:

segunda-feira, março 25, 2013
Um Amor Quase Perfeito, de Sherry Thomas
segunda-feira, março 25, 2013
*FAV, 4.5stars, Casados, Drama, Importados, Período Vitoriano, Quinta Essência (PT), Reencontro, Romance, Romance Histórico, Segunda Chance, Sherry Thomas
O amor tem desígnios próprios. Para toda a sociedade de Londres, Lorde e Lady Tremaine tinham a situação ideal: um casamento assente na educação, cortesia e liberdade¿ sob todos os pontos de vista, um casamento perfeito. A razão? Durante os últimos dez anos, marido e mulher residiram em continentes separados. Mas por uma vez, as coisas para os Tremaine alteraram-se. Quando Gigi Rowland pôs pela primeira vez os olhos em Camden Saybrook, a atracção foi imediata e avassaladora. Mas o que começou com uma faísca de paixão terminou em traição na manhã a seguir ao casamento, e agora, Gigi quer ser livre para casar de novo. Quando Camden regressa da América com uma exigência chocante em troca da sua liberdade, a decisão de Gigi terá consequências que ela nunca imaginara, à medida que os segredos se revelam e o desejo se reacende, um dos casais mais admirados de Londres terá de se apaixonar de novo, ou separar-se para sempre.

“A vida já é suficientemente difícil por si só. Não se atormente mais com ses.” |
Não sei ao certo o que escrever. Juro. Eu amei o livro. Odiei a protagonista. Geralmente, quando eu não gosto de uma protagonista, a leitura, para mim, perde um pouco do valor. Uma boa mocinha, heroína, dá um gás especial à (quase) qualquer trama.
Eu não gostei de Gigi, Lady Tremaine. Porém, devo explicar, não gostei dela como pessoa e não como personagem. Se isso faz algum sentido.
Um Amor Quase Perfeito , apesar de ser o primeiro livro escrito por Sherry Thomas, foi o segundo dela que eu li e a semelhança da trama com a de Not Quite a Husband me causaram sentimentos contraditórios. As histórias não são iguais mas têm os mesmos elementos: o casal que se separa logo após a noite de núpcias e que se reencontra depois de anos, quando um divórcio é solicitado.
“E, quando já estivessem casados, ela observaria o seu corpo adormecido, deslumbrar-se-ia coma sua boa fortuna imensa e ignoraria a permanente intromissão do medo que manchava a sua alma."” |
Esta semelhança, não negar, causou-me um certo incomodo no início. Eu já não li isso antes?, mas foi algo que lentamente foi se dissipando com o decorrer da leitura. E que leitura.
Um Amor Quase Perfeito não é uma história de amor. Okay, talvez seja também uma história de amor, mas é mais um drama romântico sobre duas pessoas em busca de redenção, amor e perdão.
É uma história agridoce que fala sobre pessoas humanas e, por isso, imperfeitas. Houve um erro, sim, mas também ocorreu um excesso de orgulho que simplesmente impediu Tremaine de perdoar a mulher que amava e, assim, não só a fazer infeliz como a si próprio.
No passado, as atitudes de Gigi seriam muito bem cabíveis à vilãs de livros do gênero. O que ela faz é infantil e errado. Porém, apesar de ter desaprovado muito o que ela fez, não foi isso – ou somente isso- que me fez desgostar da personagem. O que me incomodou foram as atitudes de Gigi no presente. Apesar de tudo, senti que ela não cresceu. E o modo como ela “prendia” e, sim, enganava o jovem Lorde Frederick não foi certo. A omissão, muitas vezes, pode ser tão grave quanto uma mentira. Como todo ser humano (ou quase todo, pelo menos), ela também tem seu lado bom e caridoso mas este lado não conseguiu suplantar o seu lado infantil e egoísta. Eu simplesmente não consegui gostar de Gigi.
“(...) amar alguém não te dá a mínima desculpa para seres menos do que honrada.” |
Lorde Frederick, por outro lado, foi um personagem que me surpreendeu. Ele é aquele “tolo” que de repende, percebemos é muito mais do que aparenta.
A proposta de Tremaine de só aceitar o divórcio após o nascimento de um herdeiro é insultante. E mostras-se algo difícil para os dois. Debaixo de toda a mágoa, rancor, decepção, ainda existe um sentimento forte que os une- e também os afasta.
É complicado se permitir uma segunda chance. Perdoar.
As relações- amorosas ou não- são algo complexo e Sherry Thomas fala sobre isso muito bem. É fácil demais culpar Gigi por tudo às vezes a gente precisa dar o primeiro passo, conversar.
Um Amor Quase Perfeito é uma história de heróis imperfeitos e pode parecer estranho que tenha gostado tanto do livro apesar do meu desgostar pela protagonista. Ou talvez tenha sido justamente por isso. A autora constrói uma trama segura e emotiva na medida certa, sem se deixar descambar para o dramalhão barato.
“Mas o seu bom senso não era adversário à altura da lancinante dor no seu coração, da esmagadora necessidade que sentia dele.” |
Até mesmo a trama paralela da mãe de Gigi, Victória, é muito bem inserida e conduzida.
Um Amor Quase Perfeito é uma história que toca e nos faz pensar em nossas próprias atitudes, de como muitas vezes podemos ser os vilões de nossa própria vida.
Um livro maravilhoso.
Mais que Recomendo!
****
Título Original: Private Arrangements
Autor: Sherry Thomas
Editora: Quinta Essência (Portugal- Wook)
Gênero: Romance Histórico
Sub-Gênero/Assunto: Casados, Segunda-Chance, Reencontro, Drama
Período: Era Vitoriana. Inglaterra.
A Edição
A Edição que eu li foi a Portuguesa, comprada na Wook. Eu continuo achando o Português de Portugal estranho , não somente no vocabulário mas principalmente na “ordem”das palavras nas orações e o uso de alguns pronomes como o si/se em vez de ti/te.
A edição está bonita, com uma bela capa porém a modelo da capa está usando uma roupa moderna (é uma saia longa, sim, mas contemporânea). Esse tipo de “erro” me incomoda um pouco. Sou chata, eu sei. rs
Todavia, o que mais me incomodou foram algumas frases e palavras apagadas e/ou borradas. Pelo preço do livro, a impressão deveria estar perfeita.
O fato é, apesar das capas caprichadas e dos ótimos títulos, pra mim, o custo-benefício de importar da Wook não vale. À não ser com frete grátis e olhe lá. O outro livro que eu tenho da Sherry Thomas é uma edição americana, que tem brilhinho na capa e que eu li sem problemas e custou metade do preço.
Mas, se , para mim, não vale a pena, sou super a favor das pessoas continuarem a importar da Wook. Quem sabe as editoras brasileiras não percebem o que estão perdendo?
Outras Capas:
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domingo, março 24, 2013
52 weeks de fotografia- Semana 12
domingo, março 24, 2013
52 weeks fotografia 2013
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Imagem by Fabiana Corrêa |
Sem necessecidades de explicações (tô com preguiça de escrever mesmo, rs), aqui está a minha décima segunda semana do 52 Weeks de Fotografia:
Quem não tem gato, caça com Hello Kitty mesmo. =^.^=
O que
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Projeto originalmente criado pelo blog A series of serendipity,
quinta-feira, março 21, 2013
O Gato Que Conhecia Shakespeare, de Lilian Jackson Braun
quinta-feira, março 21, 2013
3.5stars, Animais, Crime e Mistério, Desafio Literário 2013, Jornalistas, Lillian Jackson Braun, Marco Zero, Romance, Romance Policial, The Cat Who
Tem alguma coisa de podre na pequena cidade de Pickax... pelo menos para o faro sensível do milionário jornalista Qwilleran e seus dois gatos siameses, Koko e Yum Yum.
Enquanto Koko passa horas na estante, entre livros de Shakespeare, uma viúva da cidade parece escandalosamente alegre, e alguém, em algum lugar, não ama com sensatez mas excessivamente.
Foi um acidente de carro que tirou a vida do editor do jornal local... ou um assassinato?

Agatha Christie com Coleção Vaga-Lume.
O Gato Que Conhecia Shakespeare é uma divertida história que segue os passos dos romances de mistério clássicos. Apesar de ser uma leitura leve e despretensiosa, não é um livro infantil.
Na pequena e gelada Pickax, o jornalista e milionário Qwilleran desconfia que a morte acidental do editor do jornal local não tenha sido tão acidental, ao mesmo tempo em que vai percebendo que algumas coisas parecem definitivamente erradas com a cidade e os seus moradores. A história poderia parar por aí , mas Qwill, como é chamado, conta com um “auxílio luxuoso”: seu casal de gatos de siameses, Koko e Yum Yum.
Os dois gatos são o melhor do livro. Principalmente, Koko, um gatinho de atitude e que “ajuda” Qwill derrubando livros de Shakespeare da estante. E não são quaisquer livros, não. As histórias sempre tem algo a ver com o que está se passando. “A Tempestade” veio ao chão? Certeza de temporal se aproximando- e nem sempre, literalmente.
É um livro bem divertido com alta dose de humor e um mistério mas não espere a complexidade dos livros policiais atuais. Tudo é mostrado de forma leve, quase como uma anedota. E eu acho que aí é que está a graça da leitura, esse “jeitão” de mistério clássico.
O que não me agradou foi o final, não a solução em si, mas, a forma como foi conduzido. Achei tudo muito “simples”.
Além disso, O Gato que Conhecia Shakespeare é o sétimo livro de uma série (enorme!) e, apesar de conter uma história com começo, meio e fim, eu senti falta de ter um maior background à respeito de personagens e situações. Era como se todos se conhecessem, menos eu. Dando uma olhada em algumas das sinopses dos outros livros, percebi que as histórias e os acontecimentos tem uma certa sequencia.
Nunca havia lido nada na autora (falecida em 2011, aos 97 anos de idade) mas gostei de seu estilo. É leve e bem irônico. As passagens da previsão do tempo, que permeiam o livro, são muito divertidas.
Não espere em O Gato Que Conhecia Shakespeare um romance policial forte e denso. A proposta nem é essa. Este é um livro para se ler sem grandes expectativas, apenas por pura e total diversão. Um ótimo passatempo.
Vale a Leitura.
Título Original: The Cat Who Knew Shakespeare
Autor: Lilian Jackson Braun
Editora: Jove (Importado)/ Marco Zero
Gênero: Romance Policial
Série: The Cat Who- Livro 7
Sub-Gênero/Assunto: Crime e Mistério, Animais, Jornalistas
Período: Norte dos EUA. Final dos anos 80.
****
A Edição
A Edição que eu li foi a original em Inglês, que estava há séculos na estante pedindo pra ser lida. Foi preparando esta resenha que eu descobri que o livro já tinha sido lançado no Brasil.
Minha Leitura para Desafio Literário 2013, cujo tema do mês de março é "Animais Protagonistas"
A Série
Livro 1- The Cat Who Could Read Backwards (Inédito no Brasil)
Livro 2- The Cat Who Ate Danish Modern (Inédito no Brasil)
Livro 3- The Cat Who Turned On and Off (Inédito no Brasil)
Livro 4- The Cat Who Saw Red (Inédito no Brasil)
Livro 5- O Gato Que Tocava Brahms
Livro 6- The Cat Who Played Post Office (Inédito no Brasil)
Livro 7- O Gato Que Conhecia Shakespeare
Livro 8- The Cat Who Sniffed Glue (Inédito no Brasil)
Livro 9- The Cat Who Went Underground (Inédito no Brasil)
Livro 10- O Gato Que falava com fantasmas
Livro 11- The Cat Who Lived High (Inédito no Brasil)
Livro 12- O Gato Que Conhecia Um Cardeal
Livro 13- The Cat Who Moved a Mountain (Inédito no Brasil)
Livro 14- The Cat Who Wasn’t There (Inédito no Brasil)
Livro 15- The Cat Who Went Into the Closet (Inédito no Brasil)
Livro 16- The Cat Who Came to Breakfast (Inédito no Brasil)
Livro 17- The Cat Who Blew the Whistle (Inédito no Brasil)
Livro 18- The Cat Who Said Cheese (Inédito no Brasil)
Livro 19- O Gato Que Pegou um Ladrão (Seleções)
Livro 20- The Cat Who Sang For the Birds
Livro 21- The Cat Who Saw Stars (Inédito no Brasil)
Livro 22- The Cat Who Robbed a Bank (Inédito no Brasil)
Livro 23- The Cat Who Smelled a Rat (Inédito no Brasil)
Livro 24- The Cat Who Went Up the Creek (Inédito no Brasil)
Livro 25- The Cat Who Brought Down the House (Inédito no Brasil)
Livro 26- The Cat Who Talked Turkey (Inédito no Brasil)
Livro 27- The Cat Who Went Bananas (Inédito no Brasil)
Livro 28- The Cat Who dropped a bombshell (Inédito no Brasil)
Livro 29- The Cat Who Had 14 tales (Inédito no Brasil)
Livro 30- The Cat Who Who Had 60 Whiskers (Inédito no Brasil)
Outras Capas:
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quarta-feira, março 20, 2013
Um Abismo Profundo, de Cherry Adair
quarta-feira, março 20, 2013
4stars, BestSeller, Cherry Adair, Hot, Imperfeições, MaratonaDeBanca2012, NovaCultural, Romance, Romance Contemporâneo, Romance de banca, Suspense Romântico, TFlac, Vingança
A beleza pode ser ilusória... mas o perigo é capaz de fortalecer a paixão!
Encantada com a beleza tropical de uma ilhota na Polinésia, a tradutora Talia Cruise não percebe o perigo que corre - até quase morrer na misteriosa explosão do iate em que passeava. Ela é resgata pelo enigmático Michael Wright, cujo dinamismo é tão evidente quanto sua sensualidade... Um estranho que não é o que parece ser.
Michael viera acertar contas com o pai de Talia, a quem julgava responsável pelo incidente que acabara com sua carreira. Talia era seu alvo de vingança, mas acabou se tornando alvo de seu coração. Como esquecer o passado, sobreviver ao presente e consolidar um amor para o futuro, se entre eles existia um abismo tão profundo?

Antes de qualquer coisa, devo dizer que este livro deveria ter sido a minha leitura reserva da Maratona de Banca, mês de fevereiro, cujo tema proposto era Vingança. Infelizmente, não consegui terminar o livro a tempo, mas a leitura foi tão legal que o livro mereceu ir pra minha lista final da maratona.
Um Abismo Profundo é um romance de banca que sai um pouco do lugar comum dos romances do gênero. (Aliás, percebi que essa era uma característica dos primeiros números da série Bestseller. Pena que não existe mais. #divagação). É claro que temos o casal apaixonado e o final feliz mas as coisas acontecem de forma diferente do usual.
Como já era de esperar – afinal o tema da Maratona era esse- o livro fala sobre vingança. Michael Wright é um ex-Seal (espécie de “supersoldado” da Marinha) , cujo objetivo de sua vida é vingar-se do homem que matou seu melhor amigo e o deixou cego de um olho. E para atingir seus objetivos, nada melhor que usar a filha de seu inimigo, Talia Cruise , uma tradutora sem -graça.
Tá certo, a trama nem parece tão original assim. Não é mesmo. O nosso mocinho é caolho mas daí, quantos, duques, condes e mercenários não o são. E desejo de vingança...bem, só na série Paixão temos dezenas deles! O legal em Um Abismo Profundo são os detalhes. Pequenas coisas que tornaram a leitura especial.
Michael tem medo de água. Sim, ele era da Marinha e tem pavor d’água. Talia, por sua vez, tem medo de escuro. Aliás, a mocinha aqui é descrita como uma jovem bem comum e sem graça e que canta pessimamente mal. O problema é que ela é partidária do quem canta seus males espanta, levando Michael quase à loucura, por diversas vezes.
Eu gostei muito que a Talia, apesar de ser descrita como insegura e numa eterna busca pela aprovação ( e amor) do pai, ela não é uma virgenzinha assustada. Tudo bem que *eu* não teria transado com um (quase) completo estranho naquela situação, mas pelo menos ela não foi do tipo que fica se lamentado de depois de enfiar o pé na jaca. Ah, e ela podia ser do tipo sem graça e Michael podia até ser caolho e em busca de vingança, mas os dois bens que gostavam de um sexo. E o melhor, sem juros de amor eterno. Claro que o amor vai acontecer, afinal é um romance e Michael, mais cedo ou mais, terá que se deparar com um dilema.
Michael e Talia são ótimos juntos, com muita química e cenas de amor e sexo na medida. Química e caliência! rs
Um Abismo Profundo é do tipo de leitura que tem tudo, uma aventura frenética mesmo, com boas doses de romance. Claro que não estou falando que este é um romance policial sueco, mas é uma jornada divertida e um pouco mais forte do que outros livros românticos envolvendo suspense. Aqui, as mortes não são “limpinhas” e o mocinho, sim, tem sangue nas mãos.
É o tipo de romance de banca que, com algumas “intervenções” poderia muito bem ser vendido em versão livraria. Afinal de contas, existem muitos poucos livros de aventura romântica no Brasil.
O livro é quarto de uma série chamada T-FLAC (série enorme... e como eu estou com preguiça de digitar todos os títulos, vocês podem dar uma olhada na lista completa AQUI no Goodreads) que, obviamente foi lançada fora de ordem no Brasil (
Em suma, Um Abismo Profundo é uma leitura leve, romântica e divertida.
Recomendo.
Título Original: In Too Deep
Autor: Cherry Adair
Editora: Nova Cultural
Coleção: Bestseller 75
Série: T-Flac- Livro 4
Gênero: Suspense Romântico
Sub-Gênero/Assunto: Romance de Banca, Vingança, Romance Contemporâneo, Imperfeições, Aventura
Período: Contemporâneo. Tahiti.
Capa Original:

terça-feira, março 19, 2013
Bruno, Chefe de Polícia, de Martin Walker
terça-feira, março 19, 2013
4stars, Bruno chefe de polícia, Crime e Mistério, Homens da Lei, Martin Walker, RacismoEPreconceito, Record, Romance, Romance Contemporâneo, Romance Policial
Capitão Bruno Courrèges responde pelo pomposo título de chefe de polícia, apesar de ser o único policial da pequena cidade de St. Denis, no sudoeste da França. Ele tem uma arma, mas nunca a porta; tem o poder de prender, mas espera jamais ter de usá-lo. Quando o velho chefe de uma família de imigrantes do Norte da África é encontrado morto, as marcas em seu corpo apontam para um crime racista, e as suspeitas recaem sobre um rapaz encontrado com objetos nazistas. Bruno não está convencido, ele suspeita que o crime pode ter raízes no período mais sofrido da história da França – a Segunda Guerra Mundial.

Uma leitura que me tirou um pouco do lugar comum. Pelo menos do que eu vinha lendo ultimamente (por ultimamente, entenda-se os últimos anos). Bruno, Chefe de Polícia é aquele tipo de livro difícil de classificar, de colocá-lo sob um determinado gênero. Pode-se dizer que é um livro policial, de mistério, mas, eu diria que é um pouco mais de do que isso. Bruno é quase uma crônica, um relato sobre a vida em uma pequena cidade francesa, sob o ponto de vista do único policial da cidade.
Benöit Courrèges, conhecido como Bruno é o chefe de polícia de St. Denis, uma minúscula cidade no interior da França. Na verdade, ele não só é o chefe de polícia como o único policial da cidade. E não se incomoda muito com isso. Com trinta e poucos anos e veterano da Guerra da Bósnia, o trabalho de Bruno resume-se, basicamente à apartar pequenas brigas e despistar os agentes sanitários das feiras livras da cidade.
A vida dele, assim como a vida de todos na pequena St. Denis, é calma e simples, até que, um crime hediondo com detalhes de tortura e nazismo acontece e a aquela aparente paz começa a desmoronar. Os simpáticos moradores de St. Denis já não são mais tão inocentes e simpáticos assim e Bruno, apesar das aparências, não é um tolo policial do interior.
O assassinato de um velho árabe é o que conduz a história do livro, mas , mais do que descobrir a identidade do culpado, a intenção do autor é mostrar a vida naquela pequena cidade e como pequenas verdades veem à tona depois de algo tão impactante.
Até aquela morte, todos pareciam despidos de preconceitos e unidos por uma amizade sólida, mas de repente, Hamid, a vítima deixa de ser apenas um velho da comunidade que vivia isolado para se transformar em “o árabe”. E, ao mesmo tempo, percebe-se, como a segunda-guerra mundial, apesar de encerrada há tempos, continua presente.
Bruno, chefe de Polícia é uma leitura diferente, quase como um painel de acontecimentos, uma crônica de costumes. Em determinado momento, eu comecei a perceber que a identidade do assassino não exatamente o ponto principal da história mas sim os porques .
A pequena St.Denis é um personagem em si própria e grande destaque do livro, mas o melhor é mesmo Bruno, com jeitão aparentemente calmo e pacato mas muito mais esperto do que muitos supõem. A personalidade dele vai sendo delineada aos poucos, de certa forma enganando ao próprio leitor. Todavia, senti que ela, a personalidade de Bruno, não foi completamente desvendada. Talvez isso aconteça nos outros livros da série que, é claro, NÃO foram lançados no Brasil.
Este não é um livro de leitura rápida, não que seja arrastado, pelo contrário, mas o excesso de palavras francesas atrapalha um pouco a leitura. Não sou contra estrangeirismos, mas usar expressões em Francês para palavras que tem relativos em Português é algo sem sentido, pelo menos, para mim. Como, por exemplo, Police Municipale. Por que não dizer Guarda Municipal ou até mesmo Policia Municipal? Soou pedante, o que de forma alguma o livro é. Não sei explicar muito bem, mas é um tipo de escrita para se ler saboreando as palavras e situações. Apesar de não ser um livro cômico, um leve toque de humor e ironia está bem presente. E apesar dos temas sérios que aborda, tudo é exposto de maneira bem leve, mas não superficial, ou levianas, eu diria.
“A arma de Bruno (...) estava trancada no cofre do seu escritório na Mairie, de onde saía uma vez por ano para treinamento no estante de tiro (...). Ele a portara a serviço em três ocasiões, em seus oito anos na Police Municipale. A primeira foi quando um cão raivoso fora localizado em uma comunidade vizinha e a polícia foi posta de sobreaviso. A segunda foi quando o presidente da França tinha passado pela comuna de St. Denis (...). A terceira foi quando o canguru boxeador fugiu do circo que estava no local, mas isso era outra história.” |
O livro tem ainda um pouco de romance, mas, não espere uma história de amor. Bruno, Chefe de Polícia não é um livro romântico.
Esta foi uma leitura agradável e que me tirou um pouco da minha mesmice literária , porém, não sei se este é o tipo de livro que agradaria a todos. Se você estiver disposto a ler algo diferente dos YA’s, eróticos e outros sucessos do momento, dê ao livro uma chance. Quem sabe você não acaba gostando?
Eu gostei.
Recomendo.
Título Original: Bruno, Chief of Police
Autor: Martin Walker
Editora: Record
Gênero: Romance Policial
Série: Bruno- Livro 1
Sub-Gênero/Assunto: Crime e Mistério, Racismo e Preconceito, Homens da Lei, Romance Contemporâneo
Período: Anos 2000. Interior da França
Série
Livro 1- Bruno, chefe de polícia
Livro 2- The Dark Vineyard - Inédito do Brasil
Livro 3- Black Diamond Inédito do Brasil
Livro 4- The Crowed Grave Inédito do Brasil
Livro 5- The Devil's Cave Inédito do Brasil
Book 6- The Resistance Man (Expectativa de publicação: 2013
Outras Capas:
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domingo, março 17, 2013
52 weeks de fotografia- Semana 11
domingo, março 17, 2013
52 weeks fotografia 2013
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Imagem by Fabiana Corrêa |
A décima primeira semana do 52 Weeks de Fotografia será um pouco diferente. Diferente em relação ao tipo de leitura presente na foto.
Livros de Estudo.
O fato é, eu não comecei nenhum livro novo essa semana. Sim, as minhas leituras de "lazer" forma as mesmas da semana passada. Para quem não sabe, eu estou estudando pra concurso, além de Francês e Alemão, o que realmente tomando o meu tempo. Sem contar as atribuições do dia-a-dia, né?
Bem simplão, eu sei! rs
^.^
O que
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quinta-feira, março 14, 2013
Conquista do Amor, de Candace Camp
quinta-feira, março 14, 2013
4stars, Candace Camp, Casamento de Conveniência, Harlequin, Os Cupidos, Rainhas do Romance Hist., Regência, Romance, Romance de banca, Romance Histórico, Série
Lady Irene Wyngate jurou jamais se casar, e manteve os pretendentes a distância com sua língua ferina. Mas há um homem que ela não consegue assustar: Gideon, herdeiro do conde de Radbourne. Sequestrado quando criança, ele cresceu nas ruas de Londres. Ainda que tivesse reencontrado a família, Gideon se sentia mais à vontade em mesas de jogo do que nos salões de baile da alta sociedade. Quando Irene é considerada uma esposa em potencial para Gideon, ela declina a oferta prontamente. Mas não consegue deixar de atender ao pedido de Francesca Haughston para tornar Gideon um nobre civilizado o suficiente para atrair um bom casamento. À medida que Irene e Gideon se tornam mais próximos, ela cede pouco a pouco ao amor. Porém, terríveis segredos familiares vêm à tona... e suas consequências podem ser devastadoras...

Segunda parte da série Cupidos, Conquista de Amor, não deixa nada a desejar a seu antecessor, Aposta no Amor. Eu, particularmente, gostei mais do primeiro livro, mas isso é apenas uma questão pessoal. Os dois livros são ótimos. Aliás, a série inteira (que eu já li), é uma delícia de se ler!
Antes de qualquer coisa, é sempre bom lembrar que, apesar de cada livro ter começo, meio e fim, as histórias devem ser lidas na ordem, pois, sim, existe uma sequência dos fatos.
Neste segundo livro, temos novamente a nossa casamenteira de plantão, Lady Francesa e desta vez o “objeto de ajuda” dela é Gideon, o conde de Radbourne. Conde perdido e achado. Gideon foi sequestrado quando criança, viveu anos na rua e só depois de adulto foi reencontrado para assumir “seus deveres”. Apesar da infância difícil, ele conseguiu prosperar, mas, ÓH QUE HORROR, através do comércio!
Gideon não é aquele tipo que tem horro ao casamento. Pelo contrário, ele sabe que tem que casar e produzir um herdeiro, mas o seu jeitão um pouco direto demais e sem muitas finezas não atraem muitas candidatas. A pessoa perfeita para ele já existe , na verdade. Porém, Lady Irene Wyngate prefere conhecer o diabo em pessoa a se casar. Como Francesa não dá ponto sem nó, ela convence Irene a ajudá-la a “educar” Gideon e assim ele conhecer uma boa esposa.
Já viram no que isso vai dar, né?
Esse negócio da mocinha ajudar o mocinho a arranjar uma esposa, nunca dá certo! E aqui não poderia ser diferente. Mas ao contrário de muitos outros livros com enredos parecidos, aqui, Gideon, está mais do que disposto a se casar com Irene.
É aí que entra em cena a cabeça-durice e, é claro, os traumas. O que seria de um romance sem um pouco de trauma, né?
O livro é uma movimentação sem fim, com pequenas (e grandes) surpresas surgindo até o último minuto, mas nada parece ser sem sentido ou corrido. Uma das coisas que gosto nos romances da Candace Camp, além da escrita, é como ela mistura muito bem o romance, humor e um pouco de crítica social.
No aspecto “romance” mesmo, achei Conquista de Amor pouco arrebatador, mas isso não diminui a leitura. Até porque, o casal protagonista é ótimo e tem uma ótima química juntos (tudo bem, dá vontade de dar umas chacoalhadas! rs). E eu gosto quando surge uma amizade entre casal. Dá um toque especial ao romance, fazendo a gente acreditar que não é apenas algo físico ou momentâneo.
Este é um livro alegre e divertido, daqueles que a gente lê de uma sentada- e, é claro, como no livro anterior, tem coadjuvantes maravilhosos!
Recomendo!
Título Original: The Bridal Quest
Autor: Cadance Camp
Editora: Harlequin
Gênero: Romance Histórico
Coleção: Rainhas do Romance Histórico 05
Série: Os Cupidos- Livro 2
Sub-Gênero/Assunto: Romance de Banca
Período: Regência
Série
Todos os livros foram publicados pela Harlequin Brasil
1- Aposta no Amor
2- Conquista de Amor
3- Bodas de Desafios
4- Dança da Corte
Capa Original:


segunda-feira, março 11, 2013
Eu sei se eu tiver fé eu volto até a sonhar.
segunda-feira, março 11, 2013
Música, Papo Paralelo, sweet post
Eu sempre fui mais um pessoa visual do que necessariamente musical. Não que a música não me remeta a lugares e sensações, ams a minha conexão com a imagem, o vídeo sempre foi (por certo, será maior). Porém, quando eu soube da morte do Chorão, na semana, eu senti como se um ciclo tivesse se encerrado.
Foi como se eu finalmente me desse conta de estar vivendo os primeiros anos do resto minha vida.Me fez olhar pra trás.
O Charlie Brown jr i> foi a banda da minha juventude. Quando Cazuza morreu eu ainda uma criança, pré-adolescente, e apesar de gostar das músicas dele, elas não fizeram “parte ” da minha história. Renato Russo foi o cancioneiro da minha adolescência, com todas as suas alegrias e dores.
Na época dos primeiros sucessos, como Proibida Pra Mim e O Coro vai Comê, eu estava começando a faculdade lá em Araraquara. O tempo foi passando e as músicas do Charlie Brown além de serem trilha sonora das festas- eram também uma conexão minha com a minha região. Com a Baixada. Com Santos.
Que bom viver, como é bom sonhar
E o que ficou pra trás passou e eu não me importei
Foi até melhor, tive que pensar em algo novo que fizesse sentido
Eu já conhecia o grupo de alguns shows em barzinhos e aberturas para bandas famosas, em Santos- mas me parece, que tudo começou a acontecer (ou a se encaixar) quando eu estava em Araraquara.
É engraçado- e maravilhoso- como, ao ouvir, uma música, a gente pode voltar àquele momento, à aquela situação.
Eu aproveitei os meus anos de faculdade, de juventude, o máximo possível. Fiz muita coisa boa, fiz muita coisa repreensível. Gostaria de dizer que não me arrependo de nada mas isso seria mentira.
O tempo passou e aqueles tempos de juventude foram ficando pra trás, assim como, as músicas de Chorão.
Foi a trilha sonora de uma época. De um capítulo da minha vida.
E com a morte de Chorão, senti como se uma pessoa muito importante para mim tivesse partido. Uma quebra.
Estou triste. E vou sentir saudades.
Papo Paralelo é uma seção do Blog que fala de assuntos não necessariamente referentes à livros e literatura.
Sweet Post são posts pessoais.
*o título e o versos são da música Lugar ao Sol.
domingo, março 10, 2013
52 Weeks Fotografia: Semana 10
domingo, março 10, 2013
52 weeks fotografia 2013
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Imagem by Fabiana Corrêa |
E lá vamos nós com a Décima semana do 52 Weeks de Fotografia.
O que
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Projeto originalmente criado pelo blog A series of serendipity,
sexta-feira, março 08, 2013
Feliz Dia Internacional da Mulher.
sexta-feira, março 08, 2013
datas especiais, sweet post
Ah, como eu gostaria que datas como essas não fossem mais necessárias. Infelizmente, elas ainda o são. Avançamos tanto e, ao mesmo tempo, continuamos tão reacionários, tão retrógrados.
Feliz Dia Internacional da Mulher para todas- todos- nós.
quarta-feira, março 06, 2013
Entre a Nobreza e o Crime, de Jane Herman
quarta-feira, março 06, 2013
2.5stars, BookTour, Drama, EANEOC, Família, Foras da Lei, Hot, Jane Herman, Lio, Lit. Nacional, Máfia, Romance, Romance Contemporâneo, Série
Irene Hargensen nasceu no seio de uma das mais proeminentes famílias nobres da Inglaterra do século XXI. Filha de um barão com fortes aspirações políticas, ela habituou-se a um mundo em que a moral acima de todos os julgamentos manifestada perante a sociedade é bem diferente daquela que é posta em prática nos seus bastidores. Cedo demais, Irene descobriu o que poderia fazer pelo bem familiar – e perder em nome dele também. Sua vida de interesses é afetada quando o irmão Heinrich, um célebre causador de problemas, é brutalmente assassinado nas ruas de Londres. Querendo vingar sua perda, ela vai ao rastro de Viktor Morgan, genro do homem mais temido do mundo e alto criminoso da Máfia Russa. Ele aceita ajudá-la, mas cobrando um preço alto demais para ser exigido de uma dama da nobreza. O que Viktor não esperava era que fosse dragado para os porões mais sinistros dos segredos de Irene, e que ele mesmo sentisse a necessidade de rebocá-la para o seu mundo. Um romance em que os limites entre nobreza e crime se perdem na medida em que Viktor e Irene, opostos que se atraem irremediavelmente, embarcam em um jogo de paixão e interesses sem direito a vencedores – e potencialmente mortal.

Antes de começar a resenha em si, eu gostaria de fazer um pequeno anúncio. Esta resenha foi escrita de acordo com a minha opinião pessoal do livro. Aspectos técnicos e o meu envolvimento pessoal com a obra forjaram a minha opinião, mas basicamente é o que EU penso sobre o livro, o que EU achei dele. Não estou pedindo para ninguém concordar comigo, mas, apenas, respeitar a minha opinião. Se você se é incapaz de respeitar uma opinião adversa a sua, por favor, nem comente.
Ah, e fake names são ridículos e eu os reconheço quando eles aparecem. Por isso, nem tente, tá? Fica tão feio...
***
Eu conheci Entre a Nobreza e o Crime (EANEOC) através da blogosfera. Na verdade, através de um “burburinho” na blogosfera. Como muitos já sabem, eu não fã de Twilight e muito menos, obviamente, faço parte da fandom, por isso não conhecia a tal fanfic EANEOC. Todavia, comecei a ouvir muitos comentários positivos a respeito de um livro baseado nessa fic. Procurei saber mais e ao ler a sinopse achei a trama interessante. Só havia um problema: o preço. Eu sei que o livro tem quase 700 páginas e é de uma editora pequena, porém, mais de 50 reais (incluindo o frete) é um pouco muito para o primeiro livro de uma autora desconhecida. Nem com a Sandra Brown, que eu leio e adoro, eu pago esse preço.
Mas eis então que a autora, Jane Herman, gentilmente me convidou para participar do BookTour do livro (mais uma vez, obrigado, Jane) . Ela me avisou que os personagens não de “contos de fada”. Eu disse que tudo bem, mas, que a minha resenha seria uma opinião honesta do que eu achei do livro.
E o que eu achei do livro? Difícil e...decepcionante. Não posso dizer que “gostei” mas estou muito longe de ter odiado. Vamos dizer assim, pesando os pós e os contras na balança, essa pendeu mais para o lado negativo.
Aspectos Positivos
A primeira coisa que eu posso dizer à respeito EANEOC é que foi bem escrito.Apesar dos pesares, Jane Herman *tem* talento. A escrita é consistente e é conduzida de maneira segura, algo muitas vezes raro de se ver em primeiros trabalhos. Além disso, a trama em si é boa e eu notei que a Jane não teve medo de arriscar.
Eu não diria que este é um livro “sensual” mas ele tem uma alta carga erótica. Nada muito além de um papai-e-mamãe mais apimentado mas mesmo assim bem interessante. A “presença” da Taurus [no spoilers aqui!!] é bem eróticas, na falta de uma palavra melhor; não foi nada que eu não tenha visto antes (baby, vocês não sabem o que é a HP fandom! rs) mas penso que muitos devam achar a cena “excitante”.
As relações familiares no livro também é outro destaque positivo. São momentos bem construídos. Eu só senti que poderia ter ido mais além “naquela” questão tabu. Fiquei esperando algo realmente chocante mas, honestamente, foi como um balão murchando.
Eu também não posso deixar de citar a boa pesquisa histórico/geográfica da autora.
Os Aspectos Negativos
O primeiro senão do livro fica a cargo da linguagem empregada. Apesar de bem escrito, a linguagem empolada e ridiculamente formal atrapalhou em muito a leitura. E antes que alguém fale alguma coisa, eu leio clássicos e muitos textos técnicos e por isso não é uma questão de desconhecer a linguagem empregada, mas achá-la totalmente fora de propósito. Se o livro fosse um romance histórico, eu até entenderia. Ou se a história fosse contada em primeira pessoa e se passasse em Portugal. Do século 19. Mas não, o livro é um romance contemporâneo passado na Inglaterra.
Palavras como “ósculos” e “olvidar” soavam ridículas e cansavam (imensamente) a leitura. Me lembrou aqueles advogados chatos e almofadinhas que ficam falando data venia até mesmo quando estão longe dos tribunais.
Uma linguagem tão empolada acaba afastando o leitor comum. E escrever “simples” não significa escrever mal. Muitas vezes é até mais difícil escrever “simples” do que inserir palavras e verbos complicados. Shakespeare, em sua época, escrevia com a linguagem comum. Do povo de sua época.
Pois bem, a linguagem me incomodou muito mas apesar disso, pouco a pouco eu fui me acostumando a ela. Apesar de muitas vezes ter a impressão de estar lendo um romance traduzido do Google Translate.
Todavia, o que mais me incomodou não foi a linguagem que fazia a leitura se arrastar ad infinitum. Não, o que eu mais detestei no livro (sim, detestar é a palavra) foram os personagens. Tirando Jesse, eu detestei todos eles. Principalmente o casal principal. Aliás, eu apenas os considero “casal” por serem homem e mulher. Qualquer tipo de sentimento ali passou longe. Talvez tenha sido essa a intenção da autora.
Eu sei que eles foram forjados para serem quase que anti-heróis, mas, até mesmo com anti-heróis é preciso um mínimo de empatia. Michael Corleone, protagonista do meu livro favorito, O Poderoso Chefão, é o tipo de personagem que de bonzinho não tem nada, mas mesmo assim nos simpatizamos com ele. O mesmo vale para com os protagonistas de Os Imorais.
Eu senti ZERO empatia por Irene e Viktor Morgan. Na boa, se eles tivessem morrido na metade do livro, não teriam feito a menor falta.
Irene começa o livro chata, passa o livro chata e termina o livro chata. Não existe uma mudança consistente na personagem. Eu até aguentaria a chatice e arrogância dela se ela, pelo menos, crescesse como personagem/pessoa. Foi uma trajetória totalmente linear.
Já Viktor Morgan, não posso deixar de dizer que houve sim um desenvolvimento, mas foi muito pouco para que *eu* tivesse qualquer empatia pelo personagem. Eu sei que tem todo esse aspecto de anti-herói bad boy, mas, incomodou MUITO que, nos dias de hoje, possa aparecer cenas que mostram descaradamente a violência contra a mulher sem qualquer tipo de “consciência”, que seja por parte do narrador. Essa falta de consciência meio que acabou com a leitura para mim. É claro que muitos dos personagens estavam no seu “papel” de achar aquilo “normal”, mas alguma forma de crítica poderia ter sido inserida.
Me desculpem, mas não consigo achar sexy um personagem que espanca, estupra e trafica mulheres.
Estupro não é algo romântico nem sexy.
E, sim, eu sei que se trata de uma obra de fantasia, mas, sempre existe o juízo de valor.
Acho que é um daqueles momentos que eu simplesmente não consigo desvincular minha vida e opiniões pessoais da leitura.
O fato é, aparte vários outros probleminhas, eu achei a leitura cansativa. Não me “conectei” com a história- a sensação de “tanto faz” com o que poderia acontecer me acompanhou quase até o fim. Digo quase porque no último quarto do livro, as coisas começam a melhorar. Um pouco. Porém já tinham se passado quase 500 páginas. É muito.
Como eu disse no início da resenha, Entre a Nobreza e o Crime *é* um livro bem escrito. E sim, Jane Herman é uma autora de talento, apenas, ao meu ver, precisa aparar algumas características em sua escrita. Eu desjo a ela, sinceramente, todo o sucesso.
Apesar de não ter me cativado, não vou dizer: não leiam. Pelo contrário, leiam sim e formem vocês mesmos as suas próprias opiniões.
2.5/5


Antes de começar a resenha em si, eu gostaria de fazer um pequeno anúncio. Esta resenha foi escrita de acordo com a minha opinião pessoal do livro. Aspectos técnicos e o meu envolvimento pessoal com a obra forjaram a minha opinião, mas basicamente é o que EU penso sobre o livro, o que EU achei dele. Não estou pedindo para ninguém concordar comigo, mas, apenas, respeitar a minha opinião. Se você se é incapaz de respeitar uma opinião adversa a sua, por favor, nem comente.
Ah, e fake names são ridículos e eu os reconheço quando eles aparecem. Por isso, nem tente, tá? Fica tão feio...
***
Eu conheci Entre a Nobreza e o Crime (EANEOC) através da blogosfera. Na verdade, através de um “burburinho” na blogosfera. Como muitos já sabem, eu não fã de Twilight e muito menos, obviamente, faço parte da fandom, por isso não conhecia a tal fanfic EANEOC. Todavia, comecei a ouvir muitos comentários positivos a respeito de um livro baseado nessa fic. Procurei saber mais e ao ler a sinopse achei a trama interessante. Só havia um problema: o preço. Eu sei que o livro tem quase 700 páginas e é de uma editora pequena, porém, mais de 50 reais (incluindo o frete) é um pouco muito para o primeiro livro de uma autora desconhecida. Nem com a Sandra Brown, que eu leio e adoro, eu pago esse preço.
Mas eis então que a autora, Jane Herman, gentilmente me convidou para participar do BookTour do livro (mais uma vez, obrigado, Jane) . Ela me avisou que os personagens não de “contos de fada”. Eu disse que tudo bem, mas, que a minha resenha seria uma opinião honesta do que eu achei do livro.
E o que eu achei do livro? Difícil e...decepcionante. Não posso dizer que “gostei” mas estou muito longe de ter odiado. Vamos dizer assim, pesando os pós e os contras na balança, essa pendeu mais para o lado negativo.
Aspectos Positivos
A primeira coisa que eu posso dizer à respeito EANEOC é que foi bem escrito.
Eu não diria que este é um livro “sensual” mas ele tem uma alta carga erótica. Nada muito além de um papai-e-mamãe mais apimentado mas mesmo assim bem interessante. A “presença” da Taurus [no spoilers aqui!!] é bem eróticas, na falta de uma palavra melhor; não foi nada que eu não tenha visto antes (baby, vocês não sabem o que é a HP fandom! rs) mas penso que muitos devam achar a cena “excitante”.
As relações familiares no livro também é outro destaque positivo. São momentos bem construídos. Eu só senti que poderia ter ido mais além “naquela” questão tabu. Fiquei esperando algo realmente chocante mas, honestamente, foi como um balão murchando.
Eu também não posso deixar de citar a boa pesquisa histórico/geográfica da autora.
Os Aspectos Negativos
O primeiro senão do livro fica a cargo da linguagem empregada. Apesar de bem escrito, a linguagem empolada e ridiculamente formal atrapalhou em muito a leitura. E antes que alguém fale alguma coisa, eu leio clássicos e muitos textos técnicos e por isso não é uma questão de desconhecer a linguagem empregada, mas achá-la totalmente fora de propósito. Se o livro fosse um romance histórico, eu até entenderia. Ou se a história fosse contada em primeira pessoa e se passasse em Portugal. Do século 19. Mas não, o livro é um romance contemporâneo passado na Inglaterra.
Palavras como “ósculos” e “olvidar” soavam ridículas e cansavam (imensamente) a leitura. Me lembrou aqueles advogados chatos e almofadinhas que ficam falando data venia até mesmo quando estão longe dos tribunais.
Uma linguagem tão empolada acaba afastando o leitor comum. E escrever “simples” não significa escrever mal. Muitas vezes é até mais difícil escrever “simples” do que inserir palavras e verbos complicados. Shakespeare, em sua época, escrevia com a linguagem comum. Do povo de sua época.
Pois bem, a linguagem me incomodou muito mas apesar disso, pouco a pouco eu fui me acostumando a ela. Apesar de muitas vezes ter a impressão de estar lendo um romance traduzido do Google Translate.
Todavia, o que mais me incomodou não foi a linguagem que fazia a leitura se arrastar ad infinitum. Não, o que eu mais detestei no livro (sim, detestar é a palavra) foram os personagens. Tirando Jesse, eu detestei todos eles. Principalmente o casal principal. Aliás, eu apenas os considero “casal” por serem homem e mulher. Qualquer tipo de sentimento ali passou longe. Talvez tenha sido essa a intenção da autora.
Eu sei que eles foram forjados para serem quase que anti-heróis, mas, até mesmo com anti-heróis é preciso um mínimo de empatia. Michael Corleone, protagonista do meu livro favorito, O Poderoso Chefão, é o tipo de personagem que de bonzinho não tem nada, mas mesmo assim nos simpatizamos com ele. O mesmo vale para com os protagonistas de Os Imorais.
Eu senti ZERO empatia por Irene e Viktor Morgan. Na boa, se eles tivessem morrido na metade do livro, não teriam feito a menor falta.
Irene começa o livro chata, passa o livro chata e termina o livro chata. Não existe uma mudança consistente na personagem. Eu até aguentaria a chatice e arrogância dela se ela, pelo menos, crescesse como personagem/pessoa. Foi uma trajetória totalmente linear.
Já Viktor Morgan, não posso deixar de dizer que houve sim um desenvolvimento, mas foi muito pouco para que *eu* tivesse qualquer empatia pelo personagem. Eu sei que tem todo esse aspecto de anti-herói bad boy, mas, incomodou MUITO que, nos dias de hoje, possa aparecer cenas que mostram descaradamente a violência contra a mulher sem qualquer tipo de “consciência”, que seja por parte do narrador. Essa falta de consciência meio que acabou com a leitura para mim. É claro que muitos dos personagens estavam no seu “papel” de achar aquilo “normal”, mas alguma forma de crítica poderia ter sido inserida.
Me desculpem, mas não consigo achar sexy um personagem que espanca, estupra e trafica mulheres.
Estupro não é algo romântico nem sexy.
E, sim, eu sei que se trata de uma obra de fantasia, mas, sempre existe o juízo de valor.
Acho que é um daqueles momentos que eu simplesmente não consigo desvincular minha vida e opiniões pessoais da leitura.
O fato é, aparte vários outros probleminhas, eu achei a leitura cansativa. Não me “conectei” com a história- a sensação de “tanto faz” com o que poderia acontecer me acompanhou quase até o fim. Digo quase porque no último quarto do livro, as coisas começam a melhorar. Um pouco. Porém já tinham se passado quase 500 páginas. É muito.
Como eu disse no início da resenha, Entre a Nobreza e o Crime *é* um livro bem escrito. E sim, Jane Herman é uma autora de talento, apenas, ao meu ver, precisa aparar algumas características em sua escrita. Eu desjo a ela, sinceramente, todo o sucesso.
Apesar de não ter me cativado, não vou dizer: não leiam. Pelo contrário, leiam sim e formem vocês mesmos as suas próprias opiniões.
Título Original: Entre a Nobreza e o crime
Autor: Jane Herman
Editora: Lio
Gênero: Romance Contemporâneo
Série: EANEOC- Livro 1
Sub-Gênero/Assunto: Mafia, hot, drama, literatura nacional, foras da lei
Período: Contemporâneo. Inglaterra.


terça-feira, março 05, 2013
[LANÇAMENTOS] O Livro Branco do Casamento
terça-feira, março 05, 2013
Lançamentos, LuaDePapel, Não-Ficção
O LIVRO BRANCO DO CASAMENTO
De Vera d’Orey Santiago Tânger
Sinopse
O casamento é a festa de família mais antiga da história. Celebrado de acordo com a cultura e religião de cada um, religioso ou civil, tradicional ou bem moderno, com pompa ou muito simples, ele se adapta à realidade dos noivos e de suas famílias. O importante é que, no grande dia, tudo saia perfeito.
Neste livro, você vai encontrar tudo o que precisa para organizar seu casamento de sonho. Conselhos úteis, dicas preciosas, ideias genais. E ele não é um livro apenas para noivas. Suas mães e madrinhas também vão achá-lo imprescindível.
Se você vai casar, mesmo que pela segunda vez, este livro é para si. Seja qual for sua crença religiosa, seu meio social e seu orçamento. Suas amigas já casadas vão morrer de inveja de não ter tido a ajuda dele.
A Autora
Vera d’Orey Santiago Tânger casada e mãe de três filhos percorreu o mundo acompanhando seu marido, diplomata de carreira e embaixador. Viu, viveu, ensinou e ganhou experiência internacional contatando outros povos ee mentalidades.
Também é autora de Guia para a Vida Diplomática (2003, edição do Ministério das Relações Exteriores de Portugal), Guia de Boas Práticas Diplomáticas (2007, edição do Ministério das Relações Externas de Angola), Receba com Glamour e Sinta-se Como Peixe na Água (2009, edição Livros d’Hoje – Leya Portugal), Diplomaticamente (2012, um guia prático para a vida no exterior) e este O Livro Branco do Casamento. Habilitada com o curso de Formação de Formadores organizou workshops e sessões de formação na área de Etiqueta e Protocolo – Organize como um profissional e receba como um diplomata – onde, de forma prática e simples, se apresentam conceitos e exemplos em que os participantes interagem e procuram a resolução de diferentes situações.
Editora: Lua de Papel
Preço: R$ 24,90
1ª Edição: Janeiro de 2013
segunda-feira, março 04, 2013
O Lado Bom da Vida, de Matthew Quick
segunda-feira, março 04, 2013
*FAV, 4stars, Adaptações, Doenças, Drama, Família, Humor, Intrinseca, Lad Lit, Matthew Quick, Romance, Romance Contemporâneo, Segunda Chance
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

O Lado Bom da Vida foi um daqueles livros que chegam de mansinho, mas que encantam a gente. Eu comprei meio que por acaso. Eu tinha um bônus da Saraiva cuja data de validade estava acabando- meu plano inicial era comprar o Não Posso Me Apaixonar, da Bella Andre, porém, não sei o quê aconteceu mas a Novo Conceito demorou a vida pra lançar o livro nas livrarias e eu acabei “pegando” O Lado Bom da Vida, que acabou saindo por 4 reais.
Não me arrependo nem um pouco.
Eu simplesmente amei o livro.
O pior é que nem sei dizer por quê eu gostei tanto do livro. Acho que foi por que de certa forma, ele me tocou. E olha que eu nem achei um livro “perfeito”, em termos de literatura. O Lado Bom da Vida é um daqueles casos que eu livro te ganha no modo como ele se apresenta a você, como ele se conecta com você. Comigo foi assim.
Pode-se dizer que O Lado Bom da Vida é um drama tragicômico. A história do ex-professor Pat Peoples, um homem com problemas psiquiátricos em busca da mulher de sua vida poderia ter se transformado em um grande melodrama, porém, o humor como tudo é descrito transforma totalmente o livro. Pat acredita em finais felizes, no lado bom da vida. E essa retomada de sua vida, após um longo período em um hospital psiquiátrico será a sua forma de ter o próprio final feliz.
Escrito em primeira pessoa, o livro esbarra no drama e no cômico à todo momento. Se pensarmos bem, ninguém é normal por ali. E não estou falando somente da jovem viúva, Tiffany, uma ninfomaníaca em recuperação, com quem Pat inicia uma estranha e verdadeira amizade. A relação de Pat com o pai chega a ser triste e cômica- isso se podemos chamar aquilo de relação.
Apesar do longo tempo internado e das dificuldades em se ajustar- Pat tem algo muito importante a seu lado: as amizades. No início é difícil, sim, mas os amigos e o futebol o ajudam muito.
Confesso que não sei nada sobre Futebol Americano, mas entendo o que é ser passional sobre algo (tudo bem que o pai de Pat extrapola isso, rs )
Uma das partes que mais gostei do livro foi das “análises literárias” de Pat. É simplesmente impagável. Quem nunca sentiu vontade de ter uma “conversinha” com um autor após um final WTF?! De um livro. Ou simplesmente atacar o livro pela janela só de raiva?
E a "relação" de Pat com a música Songbird, de Kenny G? As "aparições" do Sr. G são impagáveis. Impossível não ouvir nada dele e não pensar em Pat.
O Lado Bom da Vida foi uma leitura rápida, emocionante e, principalmente, divertida. Honestamente, não sei se é uma leitura para todos os públicos (ou todos os gostos)- o que eu posso dizer é que eu adorei.
Recomendo!
O Filme
Bem, acho que todo mundo já deve conhecer o filme homônimo baseado no livro. Ou pelo menos, ter ouvido falar. Afinal a bochechuda (gosto muito dela, mas as bochechas me incomodam) Jennifer Lawrence ganhou o Oscar de Melhor atriz pelo papel de Tiffany.
Eu achei o filme bem legal; o livro eu achei muito bom. As minhas adjetivações já devem mostrar qual eu preferi. Eu não sou aquele tipo de pessoa que quer ver um filme adaptado “palavra a palavra” . Cinema é cinema. Literatura é literatura. (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é o filme da série que eu mais gosto mas é adaptação que menos se a assemelha ao livro. ) Apesar de quê não gostei de algumas coisas na adaptação como já sabermos de cara porque Pat foi internado e o período que ele ficou no hospital. Eu gosto da forma como as coisas acontecem no livro- como, nós, leitores, vamos desvendando pouca a pouco- e junto com o próprio Pat o seu passado e os por quês de muitas coisas.
O que me fez gostar mais da obra escrita do que da cinematográfica foi, penso eu, o propósito de cada uma. O filme é uma comédia romântica. Muito bem executada e interpretada, mas é uma comédia romântica. O livro não. O livro fala sobre recomeços.
(Sem contar que a parte da musica-trauma é muito mais engraçada, e forte, no livro)
De qualquer forma, recomendo os dois.
Outras Capas:
4/5

O Lado Bom da Vida foi um daqueles livros que chegam de mansinho, mas que encantam a gente. Eu comprei meio que por acaso. Eu tinha um bônus da Saraiva cuja data de validade estava acabando- meu plano inicial era comprar o Não Posso Me Apaixonar, da Bella Andre, porém, não sei o quê aconteceu mas a Novo Conceito demorou a vida pra lançar o livro nas livrarias e eu acabei “pegando” O Lado Bom da Vida, que acabou saindo por 4 reais.
Não me arrependo nem um pouco.
Eu simplesmente amei o livro.
O pior é que nem sei dizer por quê eu gostei tanto do livro. Acho que foi por que de certa forma, ele me tocou. E olha que eu nem achei um livro “perfeito”, em termos de literatura. O Lado Bom da Vida é um daqueles casos que eu livro te ganha no modo como ele se apresenta a você, como ele se conecta com você. Comigo foi assim.
“Estou praticando ser gentil em vez de ter razão” |
Pode-se dizer que O Lado Bom da Vida é um drama tragicômico. A história do ex-professor Pat Peoples, um homem com problemas psiquiátricos em busca da mulher de sua vida poderia ter se transformado em um grande melodrama, porém, o humor como tudo é descrito transforma totalmente o livro. Pat acredita em finais felizes, no lado bom da vida. E essa retomada de sua vida, após um longo período em um hospital psiquiátrico será a sua forma de ter o próprio final feliz.
Escrito em primeira pessoa, o livro esbarra no drama e no cômico à todo momento. Se pensarmos bem, ninguém é normal por ali. E não estou falando somente da jovem viúva, Tiffany, uma ninfomaníaca em recuperação, com quem Pat inicia uma estranha e verdadeira amizade. A relação de Pat com o pai chega a ser triste e cômica- isso se podemos chamar aquilo de relação.
Apesar do longo tempo internado e das dificuldades em se ajustar- Pat tem algo muito importante a seu lado: as amizades. No início é difícil, sim, mas os amigos e o futebol o ajudam muito.
Confesso que não sei nada sobre Futebol Americano, mas entendo o que é ser passional sobre algo (tudo bem que o pai de Pat extrapola isso, rs )
Uma das partes que mais gostei do livro foi das “análises literárias” de Pat. É simplesmente impagável. Quem nunca sentiu vontade de ter uma “conversinha” com um autor após um final WTF?! De um livro. Ou simplesmente atacar o livro pela janela só de raiva?
“A vida não é um filme de censura livre para fazer com a pessoa se sinta bem. Muitas vezes a vida acaba mal (...) E a literatura tenta documentar essa realidade, mostrando-nos que ainda é possível suportá-la com nobreza.” |
E a "relação" de Pat com a música Songbird, de Kenny G? As "aparições" do Sr. G são impagáveis. Impossível não ouvir nada dele e não pensar em Pat.
O Lado Bom da Vida foi uma leitura rápida, emocionante e, principalmente, divertida. Honestamente, não sei se é uma leitura para todos os públicos (ou todos os gostos)- o que eu posso dizer é que eu adorei.
Recomendo!
O Filme
Bem, acho que todo mundo já deve conhecer o filme homônimo baseado no livro. Ou pelo menos, ter ouvido falar. Afinal a bochechuda (gosto muito dela, mas as bochechas me incomodam) Jennifer Lawrence ganhou o Oscar de Melhor atriz pelo papel de Tiffany.
Eu achei o filme bem legal; o livro eu achei muito bom. As minhas adjetivações já devem mostrar qual eu preferi. Eu não sou aquele tipo de pessoa que quer ver um filme adaptado “palavra a palavra” . Cinema é cinema. Literatura é literatura. (Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é o filme da série que eu mais gosto mas é adaptação que menos se a assemelha ao livro. ) Apesar de quê não gostei de algumas coisas na adaptação como já sabermos de cara porque Pat foi internado e o período que ele ficou no hospital. Eu gosto da forma como as coisas acontecem no livro- como, nós, leitores, vamos desvendando pouca a pouco- e junto com o próprio Pat o seu passado e os por quês de muitas coisas.
O que me fez gostar mais da obra escrita do que da cinematográfica foi, penso eu, o propósito de cada uma. O filme é uma comédia romântica. Muito bem executada e interpretada, mas é uma comédia romântica. O livro não. O livro fala sobre recomeços.
(Sem contar que a parte da musica-trauma é muito mais engraçada, e forte, no livro)
De qualquer forma, recomendo os dois.
Título Original: The Silver Linings Playbook
Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance Contemporâneo
Sub-Gênero/Assunto: Amizade, Doenças, Família, Segunda Chance
Período: Anos 2000. Nova Jersey, EUA
Outras Capas:
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